São Paulo, terça-feira, 2 de julho de 1996
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Mercados esperam juros inalterados

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os mercados financeiros internacionais encerraram ontem os negócios embalados na expectativa do Fed (banco central americano) deixar os juros estáveis. Hoje e amanhã há reunião do comitê que decide a questão. Entre os motivos para a estabilidade está a projeção de que a atividade nos EUA perderá vigor no segundo semestre.
Projeções indicam uma taxa de crescimento anual de 2,19%. O consenso surgiu de uma pesquisa divulgada ontem, feita a cada semestre pelo Wall Street Journal, que ouviu 58 economistas. Isso significa que o crescimento de cerca de 4% estimado para o segundo trimestre não se repetirá nos próximos meses. Os economistas esperam uma "aterrissagem suave".
O Departamento de Comércio informou ontem que o gasto de consumo subiu 0,8% em maio, a maior alta em três meses. Foi significativa também a alta do Índice Nacional de Gerentes de Compras que, em junho, chegou ao seu mais alto nível desde fevereiro de 1995. Mas segundo o Wall Street Journal, o crescimento econômico no final do ano deverá situar-se em 2,2%, aproximadamente o nível em que estava no começo de 1996.
Entre os fatores de esfriamento destacam-se a reação atrasada à alta recente dos juros de longo prazo e as perspectivas de que o Fed enfim decida, em outono, elevar as taxas de juros.
A inflação deverá manter-se no futuro imediato na casa dos 3% ou menos, ainda segundo a pesquisa realizada pelo Journal. Quanto aos juros, a opinião generalizada entre os economistas é de que haverá uma queda gradual, ficando os títulos do Tesouro americano (de 30 anos), no final do ano, em 6,86%, contra 5,94% no final de 1995. O cenário é positivo para as economias latinas que dependem de fluxos de capitais sensíveis aos juros de longo prazo em Wall Street.

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