São Paulo, terça-feira, 2 de julho de 1996 |
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Hillary rechaça acusações de livro Governo diz que o autor teve motivação política CARLOS EDUADO LINS DA SILVA
O porta-voz do presidente Bill Clinton acusou a campanha presidencial da oposição (republicana) de ajudar a promovê-las. Gary Aldrich foi agente do FBI por 30 anos e serviu na Casa Branca (sede do governo) entre 1993 e 1996. No seu livro, "Acesso Ilimitado", ele insinua que Hillary Clinton teve um caso com o assessor presidencial Vincent Foster (morto em 1993). Outras insinuações são de que o presidente norte-americano realiza escapadas noturnas da Casa Branca para encontros amorosos, e que diversos auxiliares da equipe de Clinton foram viciados em drogas. Aldrich ainda afirma que foi Hillary Clinton quem contratou Craig Livingstone, o chefe da segurança da Casa Branca demitido depois de ter sido revelado que ele havia requisitado de maneira ilegal dossiês do FBI (polícia federal dos EUA). Assessores de Bob Dole, o candidato da oposição à eleição presidencial de novembro, descartaram como "risíveis" as acusações de seu envolvimento com Aldrich. O porta-voz de Clinton, Mike McCurry, disse que Craig Shirley, um relações-públicas que está promovendo o livro de Aldrich, foi funcionário da campanha de Dole. Shirley disse ter apenas arrumado algumas entrevistas de rádio para Dole durante as eleições primárias e nunca ter feito parte formalmente da campanha. A Casa Branca pressionou diversos meios de comunicação para não darem espaço às denúncias do livro de Aldrich. No último fim-de-semana, entretanto, este foi o assunto político dominante nos principais jornais e emissoras de rádio e televisão do país. Em geral, os comentários, mesmo de jornalistas conservadores, foram negativos para Aldrich. (CELS) Texto Anterior: EUA recusam plano do Iraque à ONU Próximo Texto: Babá de premiê vira 'caso de segurança' Índice |
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