São Paulo, quinta-feira, 4 de julho de 1996 |
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Brinquedos brasileiros ganham proteção
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL Reportagem LocalA indústria brasileira de brinquedos recebeu ontem do governo a garantia de que o setor ficará protegido da concorrência externa até o final do ano. O favorecimento veio na forma da elevação do Imposto de Importação, que mais do que triplicou, passando de 20% para 70%. O setor de brinquedos foi -junto com o têxtil e o de autopeças- um dos mais atingidos pela política de abertura comercial, que teve origem no governo Collor. Entre 1989 e 1995, as importações dispararam. Chegaram a US$ 164,7 milhões no ano passado, com alta de 1.564% no período. A contrapartida à proteção é o compromisso da indústria de investir R$ 335 milhões e criar 12 mil empregos até o ano 2000. O setor prometeu reduzir os preços entre 5% e 10% ao ano no período. O ministro Francisco Dornelles, da Indústria, Comércio e Turismo, condicionou a manutenção da ajuda ao desempenho. "Se notarmos que as indústrias não estão procurando aumentar a qualidade, produtividade e eficiência, a salvaguarda não vai persistir." Representantes dos importadores dizem que a medida aumentará os preços em 50%, em média. Para Dornelles, a medida não fere as normas da Organização Mundial do Comércio. "Queremos defender a indústria e o emprego", disse. O governo tem cinco dias para comunicar a OMC. Representantes de outros setores industriais ouvidos pela Folha aprovaram a iniciativa. LEIA MAIS sobre a indústria de brinquedos na pág. 2-6 Próximo Texto: Recuperando embalo; Vento de fora; Soprando contra; Investida mineira; Com fermento; Antes da baixa; Gestão empresarial; Porta a porta; Conta própria; Perdendo apetite; Quem alimenta; Gastando antes; Calote depois; Mudança de chefia; Chão conhecido; Iniciativa privada; A conferir Índice |
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