São Paulo, quinta-feira, 4 de julho de 1996
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Indústria defende a mudança

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os industriais ouvidos pela Folha consideraram positiva a maior proteção à indústria de brinquedos, afetada, segundo eles, pela concorrência desleal dos asiáticos.
Para Boris Tabacof, diretor da Fiesp, com o governo está tomando medidas pontuais na direção correta. "Somos a favor da abertura, mas precisamos dar condições de competição à nossa indústria, principalmente contra o ataque desleal", diz Tabacof.
Ele afirma que, para aumentar a competitividade da indústria nacional de uma forma geral, o governo deveria adotar uma política tributária e creditícia que estimule as exportações. "Se não há como mexer no câmbio, é necessário medidas que possam garantir a sobrevivência da nossa indústria."
Mario Ernesto Humberg, coordenador do PNBE, acredita que a alíquota de importação de 70% para brinquedos "é muito alta e fará o consumidor pagar mais".
Para ele, o governo deveria tomar medidas contra o contrabando e o subfaturamento de importações para proteger a indústria.
O presidente do Simpi (Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias), Joseph Couri, defende que o governo eleve tarifas de outros setores também prejudicados pela concorrência desleal, como por exemplo o de autopeças.
"Não queremos o fechamento do mercado, mas sim a abertura com igualdade de condições. Precisamos trazer empregos e investimentos produtivos para o país."

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