São Paulo, quinta-feira, 4 de julho de 1996 |
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Eletrobrás estuda racionamento em 97
MÁRCIO DE MORAIS
"Poderemos ter algum racionamento de energia na ponta (consumidor), a partir do ano que vem, no Rio de Janeiro e em Brasília", disse à Folha o diretor de operações da Eletrobrás, Mário Santos. O problema se dá por causa do aumento do consumo e dos baixos investimentos nos últimos anos. O baixo nível de chuvas agrava o problema. A região Nordeste não corre riscos, e a região Sul vive uma situação precária. O GCOI (Grupo de Coordenação de Operações Interligadas) e o CCON (Comitê de Coordenação de Operações do Nordeste), vinculados à Eletrobrás, se reúnem hoje e amanhã em Belo Horizonte. O objetivo é traçar as estratégias de abastecimento de energia em 97. "Vamos decidir se podemos ou não aumentar a geração térmica e como atenuar os riscos do racionamento", admite Santos. O diretor da Eletrobrás não descarta a decretação de um plano de racionamento, caso as dificuldades crescentes não sejam solucionadas com as reservas disponíveis de energia e com a entrada de novas usinas em operação. As reservas energéticas quem entram nos momentos de maior consumo (entre 18h e 20h) são asseguradas, em grande parte, por algumas usinas termelétricas. Entre elas estão Angra 1, Santa Cruz (RJ), Piratininga (SP), Jorge Lacerda, Charqueadas e Presidente Médici (RS). Mas têm custo alto e são de baixa confiabilidade. "As nossas reservas estão cada vez menores", afirma o engenheiro Álvaro Fleury, coordenador do Centro Nacional de Operações Interligadas da Eletrobrás. Texto Anterior: Presidente da Pepsi renuncia o cargo Próximo Texto: Confira os problemas do abastecimento Índice |
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