São Paulo, quinta-feira, 4 de julho de 1996 |
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Seleção enfrenta 'choque térmico'
MÁRIO MAGALHÃES
No começo do treino matinal de ontem, num dia excepcionalmente quente do inverno de Teresópolis, na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, a temperatura era de 17º Celsius. No amistoso contra a Dinamarca, na próxima quarta-feira, espera-se temperatura inferior a 10º Celsius em Florianópolis. Em Miami, a temperatura mínima nesta semana foi de 24º Celsius. A seleção brasileira estréia no dia 21 de julho, às 18h30 (19h30 em Brasília), contra o Japão. Atividade física Em pleno verão do sul dos EUA, há previsão de que, no início da partida, os termômetros marquem, pelo menos, 30º Celsius. "É complicado fazer no frio a mesma atividade física que no calor", disse o preparador físico auxiliar da seleção, Marcos Moura. Ele tem o título de mestre em educação física, concedido pela Universidade Federal de Minas Gerais, com dissertação sobre aclimatação de atletas de alto rendimento ao calor. "É mais fácil adaptar um jogador para o frio do que para o calor", disse Marcos Moura. Na opinião dele, o "choque térmico" não é uma dificuldade grave. "O frio é moderado e a estadia aqui é por tempo limitado. Se fosse mais frio, eu levaria os jogadores todos os dias à sauna, evitando problema de desaclimatação." Ao contrário da equipe do técnico Zagallo, a seleção brasileira feminina de basquete fez vários amistosos e treinos no Nordeste, com o objetivo de se acostumar ao calor do verão norte-americano. "O melhor seria treinar em local quente, mas o ideal, em futebol, é impossível", disse o médico Joaquim da Matta. Em Teresópolis, há instalações de excelência e acomodação exclusiva, sem contato direto com a torcida. No Nordeste, seria difícil encontrar situação semelhante. Texto Anterior: Chuva interrompe derrota de Sampras Próximo Texto: Salame sai do cardápio Índice |
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