São Paulo, quinta-feira, 4 de julho de 1996
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Fifa vende 2 Copas para TV por US$ 2,2 bi

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Federação Internacional de Futebol Association (Fifa) vendeu por US$ 2,24 bilhões os direitos de transmissão por TV das Copas do Mundo de 2002 e 2006.
A Fifa anunciou ontem o acordo, em Zurique, Suíça. A proposta vencedora foi feita pelo consórcio suíço-alemão Sporis-Kirch.
A Kirch é de propriedade do magnata alemão Leo Kirch. A Sporis é uma holding da qual faz parte a empresa de marketing ISL, parceira tradicional da Fifa.
A holding é controlada pela família Dassler, fundadora e ex-proprietária da Adidas.
A proposta vencedora -US$ 1,04 bilhão pela Copa de 2002 e US$ 1,2 bilhão pela Copa de 2006- não inclui os direitos de transmissão para os EUA.
Irritação
O consórcio vencedor bateu por US$ 80 milhões (3,57%) a proposta feita pela empresa de marketing norte-americana IMG. Há uma semana, a IMG enviou uma carta à Fifa pedindo que os critérios para as negociações fossem mais transparentes. A divulgação da carta irritou os dirigentes da entidade.
O valor a ser pago pelo consórcio suíço-alemão significa um aumento substancial sobre o contrato anterior, feito com a União Européia de Radiodifusão, empresa que reúne empresas públicas de rádio e TV da Europa Ocidental.
Em 1987, a Fifa vendeu à UER os direitos de transmissão das Copas de 1990, 1994 e 1998 por US$ 272 milhões.
'Pay-per-view'
O valor pago pelo consórcio vencedor abre a perspectiva de que essas Copas sejam exibidas pelo sistema "pay-per-view", que em 2002 deve estar instalado na maioria dos países, segundo a TV estatal alemã ARD.
Segundo ela, os preços pagos pelo consórcio vão obrigar as TVs que recomprarem os direitos a aumentar o preço dos anúncios e a cobrar de seus telespectadores para exibir os jogos.
Copa 2006
Já são quatro os países candidatos a sede da Copa do Mundo de 2006: África do Sul e Marrocos, da África, e Inglaterra e Alemanha, da Europa. A decisão sai no ano 2000.
O resultado depende do poder de Havelange daqui a quatro anos. Ele defende que a Copa aconteça na África, mas a Uefa (confederação européia) planeja impedir que ele consiga seu sétimo mandato, na eleição de 1998, elegendo o sueco Lennart Johansson (presidente da Uefa).

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