São Paulo, quinta-feira, 4 de julho de 1996
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Agenda cheia; Reação pacífica; Fora de contexto; Juca Pato; Para pensar em casa; Resumo; Esforço notável; Voto evangélico

Agenda cheia
"Em sua coluna de 3/7, o jornalista Janio de Freitas tenta induzir os leitores a acreditarem que o ministro Pedro Malan só voltou a trabalhar no meio da terça-feira quando aqueles minimamente atentos sabem que o ministro passou a segunda-feira no Rio participando de um seminário na Associação Comercial do Rio de Janeiro e dando entrevistas e despachando em seu gabinete da avenida presidente Antônio Carlos, de onde saiu às 21h. Às 11h da terça-feira ele já estava em seu gabinete de Brasília, comandando a reunião semanal da equipe."
Luís Carlos Cabral, assessor de imprensa do Ministério da Fazenda (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Janio de Freitas - Não tentei induzir coisa alguma. Afirmei e reafirmo que "o ministro da Fazenda se permite só voltar a Brasília já ao meio da terça-feira". O que a carta confirma em papel timbrado e com jamegão. Por onde antes andou o ministro não foi assunto por mim mencionado.

Reação pacífica
"A tragédia ocorrida em nossa fazenda de Buriticupu deixou-nos não só estarrecidos como também revoltados.
Jamais mantivemos segurança armada em nossas fazendas. Isso é demonstrado pela forma pacífica como reagimos à invasão: dirigimo-nos às autoridades competentes.
O que nos consta é que os invasores, após incitados por indivíduos que nem sempre defendem somente a reforma agrária, resolveram retornar à fazenda e fazer valer o que pensavam ser seu direito, independentemente da nossa reação.
Nossos colaboradores foram violentamente alvejados e tiveram seus corpos queimados.
Esperamos que reconheçam a nossa retidão no que tange à reação ao acontecido. Queremos ver, também, resgatada a dignidade perdida por nossos colaboradores.
Esperamos ver resgatada a seriedade que imputamos ao nosso negócio, mediante a justa aplicação da decisão judicial dedicada ao ocorrido. A fazenda citada é fornecedora de parte da matéria-prima que serve às empresas de nosso grupo."
José Pereira Dias, diretor-presidente da Cikel -Comércio e Indústria Keila S/A (Curitiba, PR)

Fora de contexto
"Com relação à reportagem 'USP suspende greve após duas semanas' (8/6), gostaria de esclarecer que minhas declarações ao repórter Fernando Rossetti foram colocadas fora do contexto.
Afirmei que a Assembléia Geral da Adusp aceitara o convite do Cruesp para traçar uma estratégia com objetivos unificados junto à Assembléia Legislativa na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, tendo tal decisão o caráter de indicativo para o fórum das entidades de docentes e funcionários da USP, Unesp e Unicamp.
Afirmei que dentro do fórum prevaleceu a posição de não aceitar o convite dos reitores. Dessa forma, a afirmação do repórter de que 'os professores não participarão da comissão proposta pelo Cruesp', embora verdadeira, ficou fora do contexto em que eu a coloquei.
Mencionei também que a recusa do fórum foi motivada pelo fato de já ter sido constituída uma comissão integrada pelo Cruesp, fórum, estudantes e deputados, a cujas reuniões as reitorias não vêm comparecendo."
Marco A. Brinati, presidente da Adusp -Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Juca Pato
"Sobre a informação de que o criador do personagem Juca Pato foi o caricaturista Belmonte: essa afirmativa é inverídica e errônea. Transcrevo o art. 1º do regulamento da criação do troféu Juca Pato:
A UBE (União Brasileira de Escritores de São Paulo) promove e administra anualmente em nível nacional a eleição do escritor para o prêmio 'intelectual do ano', conferindo-lhe o troféu Juca Pato, réplica do personagem criado pelo jornalista Lellis Vieira e imortalizado pelo ilustrador e chargista Benedito Carneiro Belmonte (1896-1947), tendo sido o prêmio criado em 1962, por iniciativa do escritor Marcos Ney.
Questionei os arquivos da Folha bem como seu Banco de Dados que não informam que o autor da coluna Juca Pato e mais tarde Juca do Riso foi o jornalista João Lellis Vieira (1880-1949), que trabalhou também no 'Correio Paulistano', 'Diário Popular', 'A Gazeta', e as ilustrações, sim, estas eram feitas pelo caricaturista Belmonte, que deu forma à figura do mesmo.
Espero que este renomado jornal venha a corrigir a falha cometida em suas publicações dos dias 1º/5, 4/5, 15/5, 17/5, 26/5, entre outras."
Sergio Eduardo Vieira Santos (São Paulo, SP)

Para pensar em casa
"Interessante e instigante a reportagem 'Brasil dá mais férias que EUA e Europa'.
Em épocas de globalização, um bom motivo para reflexão."
Paulo Moreira (São Paulo, SP)

Resumo
"O economista Sayad gastou meia página da Folha de 23/6 para comentar o livro de Roberto Campos.
Tudo pode ser resumido no seguinte:
1) Sayad e Campos ocuparam os mesmos cargos; 2) Campos em mil dias fez uma revolução no país; 3) isso possibilitou o país crescer 12% ao ano logo em seguida; 4) quem se lembra de algo positivo do sr. Sayad?"
Luiz Gornstein (São Paulo, SP)

Esforço notável
"É verdadeiramente impressionante o esforço dos usineiros para convencerem a sociedade e, principalmente, os deputados e senadores a votarem uma lei ambientalista garantindo para o álcool um subsídio indevido e vergonhoso que, atualmente, enquanto o governo FHC alega não dispor de recursos para investir em saúde, educação e segurança, alcança a espetacular cifra de R$ 2 bilhões por ano."
José Conrado de Souza, diretor da Aepet -Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Rio de Janeiro, RJ)

Voto evangélico
"A Folha de 26/6 publicou reportagem sobre o apoio de um pastor da Igreja Assembléia de Deus -Manoel Ferreira- à candidatura de Celso Pitta, na qual ele disse calcular que os fiéis de sua denominação votarão no candidato de Paulo Maluf porque 'o corpo acompanha sempre a cabeça'.
O Setorial Evangélico do Partido dos Trabalhadores esclarece que, segundo o decálogo do voto ético da AEVB (Associação Evangélica Brasileira), 'nenhum evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da do seu pastor'.
Aliás, o que está sendo comprovado, na prática, pelo crescente apoio de evangélicos das mais diversas denominações -históricas ou pentecostais- à candidatura de Luiza Erundina."
Elza Helena F.S. Monteiro, Heber T. Monteiro, da Igreja Presbiteriana Independente e José Guido dos Santos, da Igreja Adventista da Promessa, coordenadores do Setorial Evangélico do PT (São Paulo, SP)

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