São Paulo, sexta-feira, 5 de julho de 1996
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Thomas apresenta seu 'work in progress'

CRISTINA GRILLO
DA SUCURSAL DO RIO

"Nowhere Man", peça que a Companhia de Ópera Seca, do diretor Gerald Thomas, apresenta hoje no Rio Cena Contemporânea é um "work in progress" -a versão final só será apresentada no dia 23 de setembro, no Torpedo Hall, em Copenhague (Dinamarca).
Thomas diz que a peça tem algumas referências autobiográficas e foi idealizada especialmente para o ator Luiz Damasceno. O tema: um homem atormentado, um romântico apesar de rejeitar a idéia, chora a solidão da pós-modernidade.
O cenário da peça, criado pelo diretor, usa muitos elementos metálicos, como tubos e canos de descarga, espalhados pelo chão.
Será encenada hoje e amanhã, às 21h, no teatro Nelson Rodrigues (av. Chile, 230).
A programação de hoje do Rio Cena Contemporânea, a mostra internacional de teatro que acontece na cidade até domingo, inclui mais uma apresentação de "Kiyohime Mandara", uma versão utilizando bonecos de uma antiga lenda japonesa.
Os bonecos são manipulados pelo criador do grupo Doro Hyakki Puppet Theatre, Hoichi Okamoto. A peça acontece às 21h, no teatro do Sesi (av. Graça Aranha, 1).
"El Coronel No Tiene Quien le Escriba", versão do livro de Gabriel García Márquez feita pelo grupo venezuelano Rajatabla, será encenada às 21h, no teatro Carlos Gomes (pça. Tiradentes, s/nº).
"In Concert", do grupo espanhol Sèmola, será apresentada hoje, às 21h, no teatro Armazém 1 (r. Barão de Teffé, 75). Esta é a última apresentação do grupo no festival.
A programação nas ruas da cidade começa hoje às 12h com uma apresentação do duo belga Wurre Wurre. Em "Les Noeuds", os atores usam tubos de plástico para envolver pessoas e carros nas ruas.
A apresentação será no Largo de São Francisco. Às 15h, o duo repete a performance na rua São José.
O grupo colombiano-espanhol Palo Q'Sea se apresenta às 17h no Largo da Carioca. Em "Rompe Candella", usa-se música, dança, pintura e bonecos para criar uma espécie de carnaval de rua.

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