São Paulo, segunda-feira, 8 de julho de 1996
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A lógica do vôlei

CIDA SANTOS

A 11 dias do início da Olimpíada, a equação no vôlei feminino parece simples: Cuba, Brasil e EUA são os favoritos.
No masculino, a Liga Mundial, último torneio antes de Atlanta, mostrou um quadro incerto. A maior prova foi a derrota da Itália para a China por um estonteante 3 a 0. Os chineses, que nem se classificaram para a Olimpíada, balançaram a lógica do vôlei.
Os italianos, que não perdiam um título desde novembro de 93, mostraram a sua fragilidade às vésperas dos Jogos Olímpicos.
Sinal de que nem tudo é tranquilo para eles quando se trata da Olimpíada, único torneio que ainda não venceram. Repetiram, na final da Liga, a situação que viveram em Barcelona.
Vale lembrar que foi a Holanda que eliminou a Itália na última Olimpíada. Depois disso, os italianos passaram quatro anos vencendo os holandeses. Foram perder só agora, na final da Liga, pelo mesmo placar dos Jogos de 92: 3 sets a 2.
Já a Holanda, que parecia sofrer de uma síndrome de vice, mudou de sina. Depois de quatro anos acumulando medalhas de prata, conquistou seu primeiro título. Na bolsa de apostas para Atlanta, é o time que está com as ações em alta.
Como mais um ponto positivo, a Holanda entrou na era da modernidade. A seleção passou a ser administrada por uma fundação, a Top Volleyball Nederland, dirigida por Jos Smulders, o homem que tornou o time de futebol do Ajax um sucesso de marketing. A idéia agora é trabalhar a imagem dos jogadores e reforçar os patrocínios, que, por enquanto, são dois: a Mizuno e o Sns Bank.
As duas incógnitas da Olimpíada são Brasil e EUA. Os norte-americanos estão escondendo o jogo: nem quiseram participar da Liga. Já o Brasil não foi bem nos últimos jogos e tem mostrado irregularidade.
Mas, se acertar o contra-ataque e estiver bem fisicamente, pode conseguir outro ouro.

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