São Paulo, segunda-feira, 8 de julho de 1996 |
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Elis Regina é homenageada em noite brasileira
CARLOS CALADO
Uma bandeira verde-amarela até chegou a ser agitada na boca do palco, como de hábito. Porém, raramente se viu uma platéia tão comportada e atenta. Talvez tenham sido as tocantes imagens de Elis Regina, projetadas antes do show-tributo de César Camargo Mariano, que emocionaram de imediato os brasucas radicados na Europa que compraram boa parte dos 3.000 ingressos. Graças a esse recurso, César obteve o necessário silêncio para abrir a noite, acompanhado apenas por seu piano acústico, em uma delicada versão de "Carinhoso" -o clássico de Pixinguinha. Também não faltaram surpresas na emocionante homenagem à cantora. Como João Bosco, surgindo no palco simplesmente para recordar "O Bêbado e o Equilibrista". Outra boa surpresa foi a participação de Pedro Camargo Mariano, filho de César de Elis. Prestes a lançar seu primeiro disco, o garoto já demonstrou ter estilo, ao interpretar "Se Eu Quiser Falar Com Deus", emprestando melismas vocais da "soul music". Anunciada pelo mestre-de-cerimônias da noite, o produtor Mazzola, como "a rainha do Brasil", Maria Bethânia fez sua estréia em Montreux com a devida pose real. Descalça e soberana, levantou a platéia de imediato, cantando "Fera Ferida". Chegou mesmo a arrancar gritos, ao lembrar antigos sucessos, como "Negue", "Explode Coração" ou "Emoções". O jornalista CARLOS CALADO viaja a convite da EMI, Polygram e WEA. Texto Anterior: Montreux começa com 'world music' e fusão Próximo Texto: Curitiba sediará em agosto Bienal Internacional Índice |
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