São Paulo, segunda-feira, 8 de julho de 1996 |
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Torturadores estão ativos
CARLOS IDOETA
A Comissão Nacional de Verdade e Reconciliação, estabelecida pelo ex-presidente Aylwin para buscar a justiça na medida do possível, estudou 4.000 casos, determinou que 2.200 pessoas eram vítimas do Estado e 90 eram vítimas de grupos de oposição armada. Os tribunais militares e civis continuam encerrando investigações de casos de violações. Ainda em 1995 persistiam tensões entre o governo e os militares. Péssimo exemplo veio do general Manuel Contreras e do brigadeiro Pedro Espinoza, respectivamente ex-diretor e ex-chefe de operações da Dirección de Inteligencia Nacional (Dina), que durante cinco meses driblaram a ordem de prisão da Suprema Corte por sua participação no assassinato do ex-chanceler Orlando Letelier. No final de 1995, pelo menos 120 pessoas cumpriam penas de prisão ou permaneciam sob custódia na espera de julgamento por delitos de motivação política. Em plena ordem democrática, a Anistia continua a receber denúncias de torturas. O Comitê da ONU contra a Tortura recomendou ao governo do Chile a adoção de medidas para erradicar a tortura e de reformas legais para limitar a jurisdição militar. Carlos A. Idoeta, 45, é diretor da Seção Brasileira de Anistia Internacional. Texto Anterior: Democracia ainda depende de Pinochet Próximo Texto: Torres del Paine sofre ação depredatória Índice |
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