São Paulo, quarta-feira, 10 de julho de 1996
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SP deve ter menor taxa anual desde 1970

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DO RIO

DANIELA FERNANDES
A inflação deve ficar entre 15% e 18% em 96, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos). Este será o menor índice dos últimos 26 anos (16,5% em 1970).
Em junho, o Índice do Custo de Vida (ICV), divulgado pelo órgão, subiu 0,91% na capital paulista. Isso representa queda de 0,70 ponto percentual em relação a maio.
Alguns itens do orçamento doméstico tiveram, no entanto, alta significativa em junho. É o caso dos transportes, que, em função do aumento das tarifas de ônibus e metrô no mês passado, registraram alta de 4,36% sobre maio.
Gastos com recreação e fumo subiram 2,90%. Habitação e equipamentos domésticos aumentaram 2,06% e 1,28%, respectivamente.
A taxa divulgada pelo Dieese se refere aos gastos das famílias paulistanas com renda entre 1 e 30 salários mínimos. Para rendas entre 1 e 3 mínimos, a taxa foi de 1,46% (1,72% em maio); entre 1 e 5 mínimos, 1,25% (1,69% em maio).
"A evolução do ICV no primeiro semestre revela nítida tendência de queda do custo de vida em São Paulo", afirma José Maurício Soares, economista do Dieese.
O Índice do Custo de Vida da Classe Média (ICVM), da Ordem dos Economistas de São Paulo, registrou alta de 1,24% em junho. Esse resultado é ligeiramente inferior ao do mês de maio (1,29%).
IGP-M
A primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), que mediu a inflação entre os dias 21 e 30 de junho, foi de 1,01%. O resultado é 0,59 ponto percentual maior do que a primeira prévia de maio.
O setor de transportes foi o que teve maior aumento de preços no período (4,04%). O IPA (Índice de Preços por Atacado), que responde por 60% do índice, teve aumento de 1,07%.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), responsável por 30% do índice, foi de 0,83%. O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), que significa 10% do índice, ficou em 1,29%.
O IGP-M é medido pela FGV entre as famílias que ganham até 33 salários mínimos (R$ 3.696).

Colaborou a Sucursal do Rio

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