São Paulo, quarta-feira, 10 de julho de 1996
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Pelé volta a apoiar Olimpíada no Rio

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, se reconciliou ontem com o projeto de candidatura do Rio de Janeiro a sede da Olimpíada de 2004.
Pelé participou de entrevista ao lado do novo presidente do comitê Rio 2004, o deputado federal Ronaldo Cezar Coelho (PSDB-RJ), e do presidente da Fifa, João Havelange.
Após a morte de Renato Archer e da saída do ex-ministro Raphael de Almeida Magalhães, antigos condutores do projeto, Pelé chegou a dizer que também se afastaria, alegando que precisava de mais tempo para cuidar dos filhos que estão para nascer.
Ontem, Pelé disse que tinha decidido se afastar até saber quem seria o novo dirigente do projeto, porque vinha percebendo haver entre os participantes "uma preocupação de ter dono".
Ao lado de Havelange, que seria o responsável pelas mudanças na direção do projeto, Pelé disse que "as vaidades têm de ser deixadas de lado" para que o Rio seja vitorioso na disputa.
Havelange disse que Magalhães continua no projeto, representando a Presidência da República, e que a escolha de Ronaldo Cezar Coelho teve o aval do presidente Fernando Henrique Cardoso.
A reconciliação da equipe do projeto Rio 2004 ocorreu às vésperas da apresentação da proposta oficial de candidatura da cidade ao presidente do COI, Juan Samaranch. Ela será feita na sexta-feira em Atlanta, sede das Olimpíadas.
Para Pelé, os mais fortes opositores da cidade brasileira são Roma (Itália), Istambul (Turquia), Cidade do Cabo (África do Sul) e Lille (França). A decisão do COI ocorrerá em setembro de 97.
Embaixador extraordinário
Aproveitando o novo cargo da Cezar Coelho, FHC nomeou-o chefe da missão diplomática junto ao COI (Comitê Olímpico Internacional).
Ele terá o título de embaixador extraordinário e deverá defender a candidatura do Rio à sede da Olimpíada de 2004.
Morte súbita
João Havelange disse que a final da Copa Européia de Futebol, ganha pela Alemanha, provou que o sistema de morte súbita (prorrogação que termina quando sai o primeiro gol) não serve para desempatar jogos eliminatórios no futebol.
Segundo ele, o sistema não será usado na Olimpíada de Atlanta nem na Copa do Mundo de 1998, na França.
Havelange disse que, na Copa Européia, quando a Alemanha fez o gol contra a República Tcheca, aos quatro minutos da prorrogação, o que se viu foi "uma perplexidade geral".

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