São Paulo, quarta-feira, 10 de julho de 1996 |
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Reestruturação; Esporte socioeducacional; Crise idêntica; Derrapadas; Preservar o templo; Oportunidade Reestruturação "Com relação à reportagem publicada em 9/7 no caderno Ilustrada 'Weffort fecha o Conselho Federal de Cultura', esclarecemos que a informação não procede. Na realidade, conforme foi exaustivamente explicado a três repórteres da Folha, o Conselho Nacional de Política Cultural foi reestruturado. Embora a Folha tenha sido informada de que o ministro da Cultura, Francisco Weffort, não extinguiu nenhum conselho, insistiu em tal afirmação. O Conselho Federal de Cultura, criado pelo decreto-lei de 21/11/66 e ao qual a reportagem se refere, foi extinto pela lei 8.028 de 12/4/90, não podendo, portanto, tê-lo sido feito pelo ministro Francisco Weffort. O que aconteceu, de fato, com relação ao Conselho Nacional de Política Cultural, criado pela medida provisória nº 150 de 15/3/90 e regulamentado pelo decreto 99.180 também de 15/3/90, está devidamente esclarecido na nota à imprensa, desta assessoria, divulgada em 8/7, inclusive para a Folha." Angela Coronel, assessora-chefe de Comunicação Social do Ministério da Cultura (Brasília, DF) Nota da Redação - Leia seção "erramos" abaixo. Esporte socioeducacional "A reportagem 'Pelé ajuda confederações a obter dinheiro' (30/6), merece alguns reparos. O ministro Edson Arantes do Nascimento tem dito que o compromisso de seu ministério não é com o chamado esporte de rendimento e sim com o esporte socioeducacional. O repasse de R$ 2,8 milhões às confederações esportivas, por intermédio do Comitê Olímpico Brasileiro, se dá por força da lei nº 8.672/93, art. 44, inciso I, alínea 'b'. Trata-se, portanto, de procedimento obrigatório, que não cabe ao MEE questionar. Essa quantia, contudo, representa apenas algo em torno de 5% do orçamento total. Quanto à ajuda do ministro para a obtenção de verbas, pelas confederações, junto a estatais, essa é uma ação plenamente compatível com a idéia de proporcionar autonomia às chamadas 'entidades de administração do desporto'. Trata-se de verbas promocionais que essas empresas têm investido ou estão começando a investir. Ao tentar canalizá-las para o esporte, o ministro tem buscado introduzir dispositivos que garantam que parte dessas verbas se destinem a projetos de popularização das diversas modalidades esportivas." Asfilófio de Oliveira Filho, presidente do Indesp -Instituto Nacional de Desenvolvimento do Desporto, do Ministério Extraordinário dos Esportes (Brasília, DF) Crise idêntica "A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) apóia integralmente o comunicado das entidades Adusp, Adunesp, Adunicamp, sindicatos (26/6), que denuncia a insistência do governo Covas em cortar verbas e a tentativa de privatizar as universidades estaduais. O mesmo vem ocorrendo com os 17 institutos de pesquisa estaduais." Maurilo Monteiro Terra, presidente da APqC -Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (São Paulo, SP) Derrapadas "A edição de 16/6 foi, no mínimo, tendenciosa. Ao mostrar manchete que citava José Serra e Francisco Rossi, mesmo não sendo os dois os primeiros colocados da pesquisa Datafolha, a Folha conseguiu mostrar que imparcialidade é mero discurso publicitário. Na mesma página em que Luiza Erundina aparece como líder isolada, embaixo o PT é acusado por invasão no Maranhão: 'PT estimulou nova invasão, acusa o governo'. Para o leitor que passasse apenas os olhos no título, o ministro acusava o PT. Somente o sobretítulo explicava a verdade: 'Para Ministério da Justiça, comício petista detonou ação de sem-terra; Jungmann, ministro de Política Fundiária, discorda'. Novamente o sério jornal derrapou no meu humilde conceito em 18/6: 'Cesta básica bate recorde no Real'." Daniel Henrique Diniz Barbosa (Guaratinguetá, SP) Preservar o templo "Quero pegar carona na frase do ministro Nelson Jobim, ('ninguém mata sua entidade mantenedora'). No Brasil atual corre-se o risco de se ter a morte da entidade mantenedora da democracia, o Congresso Nacional, praticada por quem deveria ser a sua 'amada', a mídia brasileira. A imprensa costuma arrolar como comportamento negativo da entidade as estripulias de muitos (muitos, é verdade) de seus membros. Expulsemos os vendilhões do templo. Mas preservemos o templo." José Virgolino de Alencar (João Pessoa, PB) Oportunidade "Aproveitando a atividade dos 'marronzinhos' como fiscais do trânsito paulistano, a multar e guinchar maus motoristas, sugerimos sua atuação junto aos nossos nobres políticos congressuais, bem como aos seus afins estaduais e municipais também. ...E haja guincho!" Roberto Gomes Caldas Neto, presidente da ABDC -Associação Brasileira de Defesa do Contribuinte (São Paulo, SP) Texto Anterior: Quem tem medo de Virginia Woolf? Índice |
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