São Paulo, quinta-feira, 11 de julho de 1996
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Ieltsin admite erro nas reformas

JAIME SPITZCOVSKY
DO ENVIADO ESPECIAL

O presidente Boris Ieltsin disse ontem que a prioridade em seu segundo mandato será "aumentar a produção industrial e melhorar o padrão da vida da população".
Ele admitiu "erros" na transição ao capitalismo e agradeceu o voto "dos que sofrem com as mudanças, como médicos e professores".
O presidente falou na TV um dia depois do anúncio oficial dos resultados da eleição de 3 de julho. Ele obteve 54% dos votos, e seu rival, o neocomunista Guennadi Ziuganov, obteve 40%.
Ieltsin não detalhou os erros e disse que "ventos novos" vão soprar no Kremlin, embora tenha decidido manter o atual premiê, Viktor Tchernomirdin.
Ieltsin deve indicar o economista Grigori Iavlinski, quarto colocado no primeiro turno da eleição presidencial, para o posto de vice-primeiro-ministro, encarregado de supervisionar economia.
O presidente já trouxe para o Kremlin o terceiro colocado no primeiro turno, o general da reserva Alexander Lebed. Homem-forte na área militar e de segurança, Lebed tenta influenciar também a política econômica.
O primeiro-ministro Tchernomirdin disse que "não abre mão de poderes". A eventual vinda de Iavlinski, um economista pró-reformas, afastaria ainda mais Lebed da área econômica.
Lebed foi a estrela da campanha eleitoral. Surpreendeu ao conquistar 15% dos votos no primeiro turno e não esconde a ambição de se tornar presidente.
(JS)

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