São Paulo, sábado, 13 de julho de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
FHC ataca oposição em reduto petista
DANIELA PINHEIRO
FHC afirmou que a oposição "fica defendendo carcaça velha" e que pensa ser "de vanguarda". O presidente criticou ainda as oposições por recorrer ao DVS (destaque para votação em separado) para tentar barrar ou mudar o sentido das reformas. "(Os oposicionistas) ficam atrasados, resistindo e defendendo essa carcaça velha de uma estrutura de governo feita por regimes discricionários, que sempre defenderam os interesses mais conservadores do Brasil", disse. Vanguarda do atraso Na avaliação do presidente, a oposição, "até por falta de bandeiras", usa fatos isolados como se fossem algo "para avassalar o país". "Não há razões para pessimismo", afirmou. E emendou: "Não tem sentido aqueles que pensam que são vanguarda começarem a defender o atraso". Apenas um tímido grupo de 15 pessoas se colocou no caminho que FHC percorreu de microônibus para protestar. Agitavam sete bandeiras do PC do B e do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim. Havia 250 policiais no local, segundo o comando da PM. A prefeita da cidade, Maria do Carmo Lara (PT), evitou rebater as críticas: "Ele está aqui em visita". Indagado se os parlamentares estavam colaborando para a aprovação das reformas, FHC afirmou que o Congresso "tem ajudado". "Mas tem um mecanismo que a minoria usa e faz o bloqueio. Dá a impressão de que é o Congresso, mas é uma minoria que não entendeu que o Brasil mudou", disse, referindo-se ao DVS. FHC foi a Betim participar da comemoração dos 20 anos no Brasil da montadora italiana Fiat. A festa também marcou o lançamento mundial do Palio 1000. Inaugurou ainda um gasoduto ligando a refinaria Gabriel Passos à de Duque de Caxias, no Rio. Emprego Na solenidade da Fiat, FHC se confundiu ao anunciar cifras sobre o emprego: "E o ministro do Trabalho me deu uma informação importante: pelo segundo mês consecutivo, conseguimos dobrar o índice de desemprego", afirmou. Na refinaria, corrigiu o erro e citou números atribuídos ao Ministério do Trabalho: "Nos últimos dois meses, o emprego cresceu. No mês de abril (...), foram 57 mil novos empregos (...). Somando tudo isso, dá 161 mil, e o balanço do semestre já é positivo". Segundo números divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, as admissões neste ano são maiores do que as demissões. Texto Anterior: Senado deve aprovar fim do IPC em julho Próximo Texto: Desemprego sofre queda Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |