São Paulo, sábado, 13 de julho de 1996
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Vai?

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE

De primeira, confesso que a coluna de hoje foi escrita a quatro mãos com o colega Mauro Tagliaferri. Pelo menos por aqui, Indy e F-1 se entendem.
O assunto, óbvio, é a transferência de Gil de Ferran para a F-1. Nosso principal divertimento, nas últimas semanas, tem sido traçar o destino do brasileiro.
Duas informações, uma da Europa, outra dos Estados Unidos, confirmam que Frank Williams entrou em contato com Gil nesta semana.
Até aí, tudo bem. O piloto já até testou um carro da escuderia, história engraçada que fica para uma próxima vez.
Essa conversa, mesmo que formal, somada à exorbitância de US$ 17 milhões pedida por Damon Hill, em Silverstone, conspiram a favor da tese.
Mesmo com o título na mão, Hill não pode cobrar salário de campeão, já que não tem a alma de um campeão.
Se não baixar a bola, recebe os parabéns, muito obrigado, a porta é serventia da casa. E, isso, parece certo.
Gil vai? Gil foi é procurar uma casa na Flórida. Adora os Estados Unidos e pensa seriamente em estender seu futuro na Indy.
Mas ele não ía? Com 28 anos, Gil não é moleque e sabe que só vencerá na F-1 se for para a Williams. Acreditamos, até, que Benetton não esteja nos planos do brasileiro.
Qualquer outro time é furada -que o diga Barrichello.
Oba, teremos um representante na Williams? Voltaremos a vibrar nas manhãs de domingo?
A coisa não é tão fácil assim. Gil foi bem em Cleveland, mas isso reverberou muito mais no Brasil, escasso de vitórias, do que no resto do planeta.
Obviamente, foi o suficiente para a Williams telefonar. Mas ninguém garante que não passou apenas de mais um contato, entre as centenas que estão sendo feitos nesse momento.
Um único problema nessa confusão toda: Gil quer resolver tudo logo. E a Williams?

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