São Paulo, sábado, 13 de julho de 1996
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Jytte Jensen quer uma lista 'ousada'

AMIR LABAKI
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

A seleção de títulos da mostra brasileira no MoMa deve abarcar de clássicos incontestáveis a destaques da nova onda de revitalização do cinema nacional.
"Vamos apresentar filmes conhecidos, de Glauber Rocha e Nélson Pereira, por exemplo, ao lado de títulos importantes jamais apresentados por aqui", diz Jensen.
Títulos como "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha (1964), "Vidas Secas", de Nélson Pereira dos Santos (1964), "Macunaíma", de Joaquim Pedro de Andrade (1968), estão no primeiro grupo.
"São os clássicos já vistos, no jargão policial, os suspeitos de sempre" (risos). A lista definitiva será muito mais ousada", garante Jensen.
A mostra deve começar com os marcos cinemanovistas, destacar produções importantes simultâneas mas não vinculadas ao movimento (Walter Hugo Khouri, Luiz Sérgio Person), passando pelo cinema marginal e pelos sucessos da chamada "Era Embrafilme" (anos 70 a meados dos 80).
Período crítico
Em menor número, serão incluídos destaques do período crítico dos últimos dez anos e títulos da retomada recente, chegando até mesmo a produções da safra 1996-97.
Jensen demonstrou especial interesse em exibir uma forte seleção da chamada "primavera do curta" nacional (fim dos anos 80, início dos 90).
Também o documentário brasileiro deve marcar presença, ainda que com poucos títulos.
"Pretendo me restringir aos filmes essenciais do período. A história do gênero no Brasil merece uma mostra própria", sustenta a curadora Jensen.
(AL)

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