São Paulo, domingo, 14 de julho de 1996 |
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Quase a metade compete sem apoio
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
Sorridentes, as grandes estrelas promovem produtos e empresas que patrocinam a ida de atletas brasileiros a Atlanta. Uma falsa impressão, já que quase a metade da delegação, 43,4%, afirma que não recebe patrocínio. A taxa se eleva entre as mulheres. A maioria, 56,5%, afirmou não ter apoio. Entre os homens, o número cai para 37,7%. Há, porém, casos de quem conseguiu ir aos EUA graças ao apoio, mesmo que modesto, de amigos ou pequenas empresas. André Domingos da Silva, por exemplo, teve a carreira financiada pelo dentista Alael de Paiva Lino, 58, proprietário da Documentação Odontológica de São Paulo. "A mãe dele trabalhou na minha casa como faxineira. Colocamos ele no Sesi, e lá ele acabou demonstrando aptidão", conta. O dentista, então, forneceu equipamento e dinheiro para que ele continuasse os estudos e os treinamentos. "Não tenho retorno algum. Mesmo assim, ele já nos deu uma alegria enorme ao chegar em segundo nos 100 m do Pan." Retorno, de fato, parece ser difícil nesse estágio. "É mais por solidariedade", diz Luiz Henrique Soares, 36, gerente comercial da rede de supermercados Mercosuper, de Bauru (SP). Há mais de um ano, a empresa apóia sete atletas dando mercadorias e uma pequena ajuda de custo. Entre eles, Osmar Barbosa dos Santos, que está em Atlanta. "Outro dia a TV Globo fez uma matéria e não deixou que ele usasse nosso boné", disse Soares. Texto Anterior: O judô brasileiro conquistou; JUDÔ; Edmilson Dantas obteve a; LEVANTAMENTO DE PESO Próximo Texto: Atletismo tem equipe recorde Índice |
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