São Paulo, domingo, 14 de julho de 1996 |
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Favelado faz psicanálise
PAULO MOTA
A experiência envolve cerca de 300 famílias. O movimento teve início em 1988 e funciona numa espécie de sítio, de frente para o mar, com horta comunitária de plantas medicinais, oficinas e um galpão no qual acontecem as sessões terapêuticas. Durante as sessões, Barreto divide o papel de terapeuta com pais-de-santo e curandeiros que atuam na comunidade. "Em muitos casos de doença, somente os rezadores e os pais-de-santo conseguiam se comunicar e curar os pacientes e nós tivemos a humildade de reconhecer", disse. O projeto desenvolvido na favela provocou curiosidade na comunidade acadêmica da França, onde Barreto já publicou dois livros sobre seus estudos. Nascido em Canindé, Barreto disse que o interesse pelos devotos de São Francisco vem da sua infância, quando tinha o hábito de observar os romeiros. Formado em medicina pela Universidade Federal do Ceará em 1975, Barreto pretendia ser padre. (PM) Texto Anterior: Romeiro doente prefere santo a médico Próximo Texto: Aposentada tem dor de cabeça por preocupação Índice |
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