São Paulo, segunda-feira, 15 de julho de 1996 |
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Justiça da Argentina suspeita de policiais Presos 14 por ligação com o caso Amia DANIEL BRAMATTI
Segundo o jornal "Clarín", a Justiça suspeita que um integrante da cúpula da polícia da Província de Buenos Aires seja a peça-chave da chamada "conexão local" dos terroristas que explodiram o local. O chefe policial não foi detido na operação, porque ainda faltariam provas contra ele. O juiz Juan José Galeano, que comanda as investigações, tentaria obtê-las ao tomar o depoimento dos presos. Os 12 oficiais e suboficiais da polícia integram uma quadrilha dedicada ao roubo de automóveis. Uma parte deles estaria diretamente envolvida no fornecimento da camionete Traffic utilizada como carro-bomba no atentado. Um dos envolvidos, José Aurélio Ferrari, passou de herói a vilão em 24 horas. Preso no sábado, ele havia participado, na véspera, da operação de captura de Dante Salto, um dos envolvidos no ataque à casa do senador Eduardo Menem. Ao tentar entrar na casa de Salto, Ferrari foi atingido por dois tiros e só não morreu porque estava vestindo colete à prova de bala. "Arrisquei minha vida e agora me tratam como se também fosse delinquente", disse. Protestos As novidades sobre a investigação surgem às vésperas do segundo aniversário do atentado, ocorrido no dia 18 de julho de 1994. A explosão provocou a morte de 86 pessoas e feriu outras 300. Entidades mantidas pela comunidade judaica no país organizaram uma série de atos de protesto para marcar a data. Antes de chegar aos policiais, o juiz Galeano havia investigado a suposta participação de militares "carapintadas" no atentado, sem conseguir provas. Texto Anterior: Governo da Bósnia ameaça boicotar as eleições gerais Próximo Texto: Alienígenas conquistam americanos Índice |
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