São Paulo, sexta-feira, 19 de julho de 1996 |
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Revezamento testa velocidade
ANDRÉ FONTENELLE
No treino, o tempo de "passagem", entre o toque do nadador na borda e o salto do atleta seguinte, chega a ficar abaixo de zero. Ontem, no treino de revezamento, os brasileiros pulavam na piscina centésimos de segundo antes de o companheiro tocar a borda. Segundo o técnico Reinaldo Dias, os juízes toleram uma "queima" de até 0s02 nesses casos, devido a uma possível imprecisão do cronômetro. Hoje será feito o último treino do revezamento. "A gente tem que se ajustar mais. Na hora da competição, a tensão é muito grande, e a tendência é forçar mais a saída. Então, os nadadores vão tentar sair no 0s (momento do toque) ou no primeiro centésimo antes do toque", explicou Dias. "Está muito bom, muito rápido", elogiou Fernando Scherer, que vai abrir o revezamento brasileiro, seguido por Alexandre Massura Neto, André Cordeiro e Gustavo Borges. Nos treinos, eles já vêm ensaiando a passagem nessa ordem, para se acostumar ao ritmo da braçada do companheiro. A média de passagem tem estado entre 0s09 e 0s1 nos últimos dias, bem abaixo da média internacional, que fica, segundo Dias, entre 0s15 e 0s25. Isso pode significar um ganho de mais de 0s5 numa prova. Essa diferença pode valer uma medalha na final olímpica, a julgar pelo ranking dos últimos 12 meses (veja quadro nesta página). "Pela inscrição, o quinto melhor tempo é o nosso. Mas a diferença entre o segundo e o quinto é muito pequena. A gente acha que tudo vai ser definido nos últimos 50 m da prova", avalia Dias. Texto Anterior: Brasil apita; O COI alterou; A rodada; Gasto inútil; Apenas; Torneio terá Próximo Texto: Atletas têm dúvida entre sungas e maiôs Índice |
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