São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996
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BNDES vai socorrer governo com verbas

SÔNIA MOSSRI
AUGUSTO GAZIR

SÔNIA MOSSRI; AUGUSTO GAZIR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Dinheiro do banco será usado em programas geradores de empregos e recuperação de rodovias federais

O presidente Fernando Henrique Cardoso pretende que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) socorra os ministérios com verbas para projetos prioritários do governo federal.
O dinheiro do BNDES vai compensar a falta de recursos orçamentários em 1997.
Programas geradores de empregos, contrapartidas para empréstimos externos e até mesmo recuperação de rodovias federais podem ser financiados com recursos do BNDES no ano que vem.
Esse foi um dos principais pontos discutidos ontem por FHC em reunião no Palácio da Alvorada.
Estavam presentes o ministro Antonio Kandir (Planejamento), o presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, o secretário-geral da Presidência da República, Eduardo Jorge Caldas Pereira, e o secretário-executivo do Planejamento, Andrea Calabi.
O volume de recursos que o BNDES usará para complementar o Orçamento da União de 1997 ainda não está definido.
Isso vai depender das projeções de arrecadação de impostos e contribuições para o próximo ano, que vão determinar as verbas disponíveis para os investimentos orçamentários.
Crescimento
A Folha apurou que o Planejamento apresentou a FHC uma previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 4% e uma inflação anual entre 9% e 10% em 1997. A estimativa de crescimento é inferior à expectativa inicial: 5%.
Kandir afirmou ontem, depois da reunião, que está negociando um novo pacote de empréstimos junto ao Eximbank japonês (agência oficial) para 17 projetos na área social e de infra-estrutura.
Ele não quis dizer o volume de recursos em discussão.
Segundo ele, o SUS (Sistema Único de Saúde) está entre os projetos em negociação com o governo japonês.
A equipe econômica busca mais verbas para reformular o SUS (Sistema Único de Saúde), fortalecendo hospitais da rede pública.
Nos próximos dias, Kandir fixará com FHC os limites de gastos dos ministérios para 97. Ele disse que "é natural" que os colegas de governo façam pressões por mais recursos.

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