São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996 |
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Abrigos têm lotação esgotada
MAURICIO STYCER
"Normalmente, 30 pessoas dormem aqui por noite. Hoje (sexta-feira), mais de 70 dormiram. Chegamos ao nosso limite", diz Jim Hinshaw, assistente social da Open Door, uma comunidade cristã de apoio aos sem-teto. Hinshaw dá um outro indicador do aumento da demanda no abrigo: até o mês passado, a comunidade era procurada durante o dia por 50 pessoas para tomar café e banho. A média diária na semana passada foi o dobro. "Muitos sem-teto foram expulsos do centro. Também sei que pelo menos três serviços que eram oferecidos a eles no centro foram fechados. Por isso, eles acabam vindo para cá", diz Hinshaw, cujo abrigo fica a 6 km do centro. No coração de Atlanta, no abrigo da Union Mission, um dos maiores da cidade, a procura por leitos também aumentou cerca de 30%. Na última quinta-feira, a casa recebeu 400 sem-teto, contra uma média diária, em maio, de 300. "Vemos isso de forma positiva. Queremos tirar as pessoas da rua", diz Lyssa Hunter, diretora-assistente do abrigo. Aliás, a Union Mission lucrou com a "limpeza" na cidade. Um prédio vizinho, que estava abandonado e abrigava sem-teto e traficantes de drogas, foi demolido, e o terreno, cedido à Union Mission para construir novo abrigo. (MSy) Texto Anterior: Ação contra sem-teto cria 'Olimpíada dos excluídos' Próximo Texto: Aurélio quer evitar hoje o 'golden gol' do tatame Índice |
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