São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996
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Feira livre incomoda moradores de bairro nobre

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado Pedro Colin, 68, quer ver "pela costas" a feira livre que ocupa semanalmente a rua onde mora. Ela fica em frente à entrada de seu edifício.
Ele tem um apartamento de 300 m² no Jardim Paulista (zona oeste de São Paulo) há 20 anos e diz que a feira desvaloriza o imóvel em pelo menos 10%. A unidade vendida mais recentemente no prédio custou cerca de R$ 320 mil.
"A feira é uma excrescência. Os produtos são mais caros e piores que nos supermercados da região", desabafa Colin.
Segundo o advogado, há muitos moradores idosos nos prédios da rua e a feira coloca em risco a "integridade física" deles. "E se alguém tiver um problema cardíaco? Não há como entrar ambulância."
O proprietário do restaurante Pasta & Vino, Pedro Trombettie, 36, diz que gasta 12 frascos de detergente, dez caixas de sabão em pó e 20 litros de cloro por semana para tirar o cheiro que as bancas de peixe espalham pela rua.
"Nunca calculei o gasto para não ficar nervoso." Segundo ele, a prefeitura sempre manda o caminhão tanque para limpar a rua, mas o trabalho deixa a desejar.

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