São Paulo, domingo, 21 de julho de 1996 |
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EUA tentam afastar boatos sobre avião
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Primeiro, foi a possibilidade de um míssil ter derrubado o avião, descartada depois que o Pentágono informou que o Jumbo estava em altitude fora do alcance de lança-mísseis portáteis. Depois, o Departamento de Estado desmentiu que um cidadão libanês com o nome na lista de suspeitos de atividades terroristas tivesse tentado embarcar no Boeing-747 da TWA de Atenas para Nova York, rota anterior à de Nova York-Paris. Outra pista ainda não confirmada é uma suposta carta ao governo de um grupo ligado a Ramzi Iusef, reivindicando a explosão. Iusef está sendo julgado em Nova York, acusado de ter planejado a explosão de 11 aviões civis americanos. Ontem, a rede de TV ABC sugeriu que uma bomba pode ter sido colocada em geladeira levada a bordo do Jumbo da TWA minutos antes da partida com um órgão humano destinado a transplante. Em geral, esse tipo de carga não passa por raio-X e é transportado na cabine de comando do avião. As autoridades ainda não haviam comentado a hipótese até as 12h. Os dois responsáveis pela investigação, que estavam dando duas entrevistas coletivas por dia, ontem resolveram só falar com jornalistas à noite. Segundo o principal deles, Robert Francis, só 1% dos escombros do Jumbo e menos da metade dos corpos haviam sido resgatados até a noite de sexta. Em entrevista na madrugada de ontem, o médico que está examinando os corpos, Charles Wetli, disse que em nenhum deles se encontraram evidências de explosão provocada por bomba. O governo do Irã, acusado de terrorismo pelos EUA, emitiu mensagem de condolências ao presidente da França, Jacques Chirac, pelos mortos daquele país. Não houve mensagem aos EUA. Próximo Texto: Americanos passam a conviver com o perigo Índice |
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