São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996![]() |
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Discórdia familiar; Fator imponderável; Me engana, que eu gosto; Medida de segurança; Interesses do país; Efeito Serra; Sem saída; Hay gobierno?; Canseira repentina; Ajuste final; Números oficiais; Boas intenções; Qual vale?; Observador atento; Babá de candidato; Dia de índio; Gato por lebre Discórdia familiar A maior resistência à candidatura de ACM a presidente do Senado vem do PFL. Alguns pefelistas acreditam que a concentração de poder no baiano atrapalharia o equilíbrio na cúpula do partido. O Planalto também. Fator imponderável A cúpula pefelista avalia que ACM é vital para manter a força do partido, mas ninguém quer lhe dar mais poder (presidência do Senado). "Antes do partido e do país, ele sempre pensa no reino da Bahia", diz um pefelista. Me engana, que eu gosto Paes de Andrade (PMDB-CE) pediu que o Planalto fique fora da sucessão na Câmara e no Senado. FHC fez a promessa. Paes fingiu que acreditou. Medida de segurança O Planalto elegeu como ponto de honra vencer a segunda votação da CPMF. Para evitar uma derrota, pode até adiar a votação prevista para quarta. Só vai a plenário com quórum alto. Interesses do país A bancada do Piauí, que votou religiosamente pela CPMF, precisa ouvir novas pregações. Efeito Serra A reforma da Previdência deve ficar pronta para ser votada no Senado entre o final de agosto e a primeira semana de setembro. Em cima da eleição. Há líder que pensa em jogar a votação para depois de 3 de outubro. Sem saída Entre Maluf, Lula e FHC, os principais caciques do PMDB não pensam duas vezes: votam na emenda da reeleição. Hay gobierno? No prefácio da cartilha eleitoral do PFL, o vice Marco Maciel destaca o que julga uma das maiores qualidade do partido: a coerência, "signo de sua vitalidade". Adversários concordam. Canseira repentina Vendo que está sendo rifado por Luís Eduardo Magalhães na sucessão na Câmara, Inocêncio Oliveira (PFL-PE) demonstra desânimo para a votação do segundo turno da CPMF. Ajuste final A assessoria de Jungmann (Política Fundiária) se reúne nesta semana com a equipe econômica para discutir as diretrizes do pacote de reforma agrária que FHC vai lançar, no começo de agosto. Números oficiais A equipe que faz o plano de reforma agrária calculará com membros da Fazenda e do Planejamento o universo de pessoas a serem assentadas, o custo e o impacto da medida na economia. Boas intenções Pelo menos em um ponto FHC e o PT estão afinados: avaliam que é muito mais barato gerar empregos na agricultura. Com o novo plano de reforma agrária, o governo cogita criar 7 milhões de empregos em dez anos. Qual vale? Erundina que se prepare. A campanha de Pitta tem duas gravações de vídeo da petista. Em uma, ela elogia o PAS (Plano de Atendimento à Saúde). Em outra, ataca a iniciativa de Maluf. Observador atento Quércia, que acaba de chegar da Europa com a família, está disposto a voltar a dar atenção à candidatura de Francisco Rossi (PDT) a prefeito de São Paulo. Babá de candidato Mercadante, vice de Erundina, diz que é contra o PT tentar proibir os outdoors com Maluf ao lado de Pitta (PPB), em São Paulo. "Se o Maluf não estiver ao lado, nem foto o Pitta sabe tirar." Dia de índio A demarcação do território dos índios macuxi, em Roraima, foi tema de reportagem do "The New York Times", com destaque na capa, ontem. Segundo o jornal, a tribo é uma das mais bem-organizadas do Brasil. Gato por lebre B. Sá (PSDB-PI), o deputado campeão das verbas da saúde, pediu uma moção de desagravo à bancada tucana. Até o líder José Aníbal (SP) assinou. Era na verdade uma tremenda moção de xingamento ao PFL do Piauí. TIROTEIO De Emerson Kapaz, secretário paulista de Ciência e Tecnologia, sobre o PAS (Plano de Atendimento à Saúde), de Maluf: - O PAS é o "drive thru" da saúde. Trata o doente como sanduíche. É rápido e superficial. Próximo Texto: Dura realidade Índice |
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