São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996![]() |
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Técnico quer partida longa
HUMBERTO SACCOMANDI
"Se não jogarmos assim, trocando bola, elas nos massacram", disse o treinador à Folha, após o treino de ontem. (HuSa) * Folha - Qual é o ponto forte de Cuba? Bernardinho - O ataque e o bloqueio. Tem duas centrais altas, que fecham bem o meio, e duas pontas fortes, que saltam, a Mireya e a Regla Bell. Folha - E o ponto fraco? Bernardinho - O menos forte, você quer dizer. É a recepção. Precisamos tentar trocar bola com elas. Quando o jogo se estende, elas tendem a cometer erros técnicos. Se não for assim, elas nos massacram. Folha - O que fazer para não acontecer como na final da BCV Cup, quando o Brasil vencia por 2 sets a 0 e perdeu o jogo? Bernardinho - O pecado naquele jogo foi não termos afundado a faca até o fundo. Achamos que já tínhamos ganho e passamos a administrar o jogo, acreditando que elas entregariam os pontos. No quarto set, quando tentamos ir atrás, nos afobamos e perdemos dois pontos importantes. Folha - Qual o detalhe que vai decidir a partida hoje? Bernardinho - Saque. Assim podemos nos posicionar bem para a defesa. E concentração total. Ganharemos o jogo só se houver um trabalho de equipe. Não podemos depender de uma ou duas jogadoras. Contra Cuba é assim. Folha - Você tem dito que Brasil, Cuba, EUA, China e Rússia são os favoritos. Quem você preferiria encontrar numa final? Bernardinho - Na final, a China, claro, pois acho o time menos difícil desses cinco. Não queria pegar Cuba. Folha - A cobrança por medalhas atrapalha? Bernardinho - Sim, é um peso a mais. As jogadoras estão sentindo isso. Folha - Como? Bernardinho - Tensão, elas estão se cobrando. Mas é um peso que temos que nos acostumar a carregar. Folha - Alguma coisa impressionou você até aqui? Bernardinho - Um pouco a facilidade com que a Rússia venceu a Alemanha. A vitória era previsível, mas foi fácil demais. Texto Anterior: Brasil e Cuba jogam para evitar EUA Próximo Texto: Seleções são rivais na disputa de títulos Índice |
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