São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996
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Duelo de iguais

CIDA SANTOS

Hoje é dia de clássico no vôlei feminino: Brasil e Cuba, favoritos para a medalha de ouro, enfrentam-se na segunda rodada da Olimpíada.
Um jogo que deve definir a liderança do Grupo B.
Mais: o vitorioso terá pontos significativos no embate psicológico que os dois times vão travar até o último dia do torneio.
Brasil e Cuba vivem momentos semelhantes: as suas duas grandes atacantes já estão beirando os 30 anos.
A cubana Mireya já anunciou: Atlanta será sua última Olimpíada. E ela quer o título.
Ana Moser sabe que a seleção brasileira nunca teve tantas chances de chegar à medalha de ouro.
Não à toa, ela não mediu sacrifícios para se recuperar do joelho e compor o mais fantástico time feminino do vôlei brasileiro.
Atlanta é uma espécie de prova final para uma geração. Além de Mireya, mais duas titulares do time cubano já se aproximam dos 30 anos: Lilia Izquierdo e Magaly Carvajal, um autêntico paredão no meio de rede cubano.
No Brasil, a levantadora Fernanda Venturini, por exemplo, é mais jovem: tem 25 anos.
Mesmo assim, ela já fala em dar um tempo na seleção, jogar na praia.
Ou seja: as cartas estão na mesa agora, e os Jogos do ano 2000 parecem já não fazer parte dos sonhos dessa turma.
O técnico Bernardinho tem dito e repetido: a sua única preocupação é que "os nervos não traíam as jogadoras".
Na primeira rodada, foi tudo perfeito: em 45 minutos, o Brasil venceu a tensão da estréia e o Peru por 3 sets a 0.
No vôlei masculino, mais uma reviravolta. Carlão agora vai para Atlanta e deixa uma questão no ar: será que o médico da seleção, Sérgio Cortes, não se precipitou ao cortá-lo do grupo?
O certo é que o jogador está animado com o diagnóstico do seu médico particular.
Diz que está se recuperando da contusão na perna direita e pode ter condições de jogar já na quarta rodada, ou seja, dia 27.

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