São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 1996
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Dedé prepara 1º filme evangélico do Brasil

DANIELA ROCHA
DA REPORTAGEM LOCAL

O primeiro filme evangélico do Brasil vai ser realizado pelo trapalhão Dedé Sant'anna, 59, e terá um elenco eclético com atores, atrizes, cantores, paquitos -todos evangélicos- e até atletas de Cristo.
O título provisório é "Justiça Divina", com argumento e roteiro assinados pelo próprio Dedé.
O roteiro está em fase de finalização e as filmagens devem acontecer entre setembro e outubro, para que haja tempo hábil de lançar o longa-metragem no final do ano.
O filme está orçado em R$ 1,5 milhão e será co-produzido, segundo o pastor Jorge Loyola, empresário do trapalhão, por Dedé e Mara Maravilha, além de um patrocinador não divulgado.
Alguns nomes que estão cogitados para o elenco evangélico são: o ex-integrante do Dominó Marcelo Nill, o herói do filme, as cantoras Mara Maravilha, Gretchen e Aline Barros, os atores Felipe Folgosi e Jesse Valadão, os apresentadores Wagner Montes e Sonia Lima, as atrizes Darlene Glória e Rose di Primo, além dos ex-paquitos Ana Paula, Xande e Pituxa e o cantor da Jovem Guarda Ed Wilson.
Esse elenco ainda não está confirmado, porque a maior parte dos artistas vai assinar o contrato após a leitura do roteiro, que deve ser distribuído a eles até amanhã.
Dedé Sant'anna também vai atuar, mas não no papel de comediante. O ex-diretor de cinema da Boca do Lixo e atualmente pastor de igreja evangélica Roberto Mauro vai dirigir o filme.
Dedé Sant'anna nega que o filme faça propaganda dos evangélicos. "É um filme para o público geral, mas os evangélicos vão se identificar com a história", afirma.
"É um filme cristão. Não há discriminação de público", afirma o pastor Loyola, que, ao contrário de Dedé, acredita que o longa tenha, sim, propaganda dos evangélicos.
"É natural, fazemos o filme certos de que queremos atingir algo. O filme carrega uma mensagem evangélica", diz.
O pastor Loyola -que é o diretor de marketing do filme e também responsável pelo contrato do elenco- estima que existam no Brasil 60 milhões de evangélicos. Se parte da população evangélica vir o filme, seu sucesso de bilheteria já está garantido.
"Este é um filme comercial e terá uma produção de arrebentar para acabar com a idéia de que evangélicos fazem coisa brega", afirma o pastor. Ele já está em contato com produtores americanos para dublar o filme e lançá-lo nos EUA.

LEIA MAIS sobre "Justiça Divina" à pág. 5-3

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