São Paulo, terça-feira, 23 de julho de 1996 |
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Atletas atraem fama e dinheiro
DA REPORTAGEM LOCAL Algumas coisas mudaram no basquete feminino dos EUA, o que significa uma remodelação mundial na modalidade.Os EUA vão estrear a versão para mulheres da NBA em 97, mas já em 96 as jogadoras norte-americanas e estrangeiras, entre elas as brasileiras, viram tudo trocar de lugar. Foram reacendidas as ambições de se aproximar, em fama e pretensões salariais, dos homens. Janeth, Marta e Paula são as brasileiras mais cotadas a participarem da competição nos EUA. Mas o convite formal só teve acontecer após a Olimpíada, avaliados os desempenhos. Se depender da opinião da técnica da equipe dos EUA, Tara VanDerneer, o Brasil vai ser o principal rival. "Elas vão defender o título mundial. Austrália, Ucrânia, Rússia e China também farão este torneio ser muito forte", disse. As atletas da seleção dos EUA, por exemplo, já têm ao seu redor vários patrocinadores, estádios lotados e um grande público atrás de autógrafos em seus jogos-exibição. A repentina visibilidade do basquete feminino pode ser atestada nas páginas da revista Vogue. Em uma de suas últimas edições, a pivô Rebecca Lobo, 22, foi a protagonista de várias fotos de moda. Os anunciantes também não faltam: nos ginásios em que treina o "USA Team" não falta a marca Tampax nos aros das cestas. A armadora Sheryl Swoopes dá seu nome a um modelo de tênis. "Agora, as garotas poderão entrar na loja sem precisar pedir um tênis do Michael Jordan", faz sua propaganda a jogadora de 25 anos. Migração Com o NBA feminina, o movimento migratório das atletas muda de direção. Em vez de as norte-americanas reforçarem as equipes de todo o mundo, elas serão as atletas locais, com européias, asiáticas, sul-americanas e australianas completando os oito times inicialmente previstos na liga profissional. "A coisa mais difícil de jogar pelo mundo é ficar, a toda hora, fazendo as malas e deixando tudo para trás", afirma a ala Teresa Edwards, que parte para sua quarta participação em Olimpíada. Edwards fala por experiência própria: já jogou na Itália, Espanha, França e Japão. Outra que rodou o mundo foi a armadora Ruthie Bolton, que, além da Itália e Suécia, foi jogar na Hungria, tornando-se a primeira norte-americana a disputar o campeonato do país do Leste Europeu. Texto Anterior: Brasileiras desafiam hoje adversário 'rude e veloz' Próximo Texto: Meligeni faz estréia contra italiano hoje Índice |
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