São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 1996 |
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Ação resiste à saída de dólar, diz Bovespa
MILTON GAMEZ
"Foi um bom sinal. Se saíram tantos dólares e a Bolsa não despencou proporcionalmente, isso indica que o nosso mercado é líquido e maduro", disse Rizkallah. O índice Ibovespa (que mede as ações mais negociadas) subiu 6,09% até o dia 19, mesmo período medido pelo balanço de recursos externos na Bovespa. "Os estrangeiros respondem por 20% a 30% dos negócios na Bolsa, mas não estamos tão atrelados às suas idas e vindas", afirmou Rizkallah. Volume recorde Que o mercado está mais maduro, ninguém tem dúvidas. Este mês, a Bovespa deve movimentar mais de R$ 11 bilhões, recorde histórico de negociação. Mas a influência dos estrangeiros ainda é grande. Até o dia 12, a Bolsa acumulava alta de 10% no mês, por conta dos excelentes resultados financeiros da Telebrás, cuja ação representa 60% a 70% do volume da Bovespa. Mas, com as quedas livres dos preços no mercado norte-americano de ações -devido às incertezas quanto as taxas de juros naquele país-, os estrangeiros deram meia-volta e a valorização acumulada do Ibovespa caiu para 6,09% até dia 19 e para 2,96% até ontem. Termômetro Como têm muito dinheiro, os fundos externos são vistos como um termômetro para o mercado acionário, fenômeno cada vez mais intenso devido à globalização. Tanto é que, nas últimas semanas, seguiram a tendência de baixa da Bolsa de Nova York -a locomotiva de todos as Bolsas- mercados da Ásia à América Latina, passando pela Europa. O fluxo negativo de recursos externos na Bovespa pode ainda ser amenizado nos últimos dias deste mês, pois os analistas consideram que o mercado brasileiro ainda está barato. Texto Anterior: Pacote contra déficit atinge 1,8 milhão Próximo Texto: Pessoa física poderá ter crédito via leasing Índice |
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