São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 1996
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Oscar tenta ser 'Pelé' do basquete

DA REDAÇÃO

O ala Oscar Schmidt, 38, pode chegar hoje a uma marca histórica dentro do basquete olímpico. Se converter 49 pontos no jogo contra a Austrália, às 16h (horário de Brasília), o brasileiro alcançará 1.000 pontos marcados em Olimpíadas.
Oscar já desembarcou em Atlanta com um recorde: ser o único jogador de basquete a participar de cinco Olimpíadas. Nas quatro primeiras, marcou 874 pontos em 30 partidas, média de 29,13 pontos/jogo. Seu melhor momento aconteceu nos Jogos de Seul, quando anotou 338 pontos em 8 partidas, na marca -também histórica- de 42,2 pontos/jogo.
Em Atlanta, os arremessos de Oscar assumiram, mais do que nunca, a responsabilidade de conduzir o time brasileiro às vitórias. Dos 188 pontos marcados pela equipe nos dois primeiros jogos (vitória diante de Porto Rico e derrota para a Grécia), Oscar marcou 77, ou seja, 40,9% do total.
O esquema de jogo armado pelo técnico Ary Vidal valoriza os arremessos longos de Oscar. Contra a Grécia, Oscar tentou -e acertou- cinco arremessos de três pontos nas seis primeiras jogadas de ataque do time brasileiro. O ala parece sentir o cansaço no segundo tempo das partidas em Atlanta, quando marcou apenas 34,5% de seus pontos.
A rede de TV norte-americana CNN dedicou reportagem à perspectiva de Oscar chegar aos 1.000 pontos. A emissora chegou a comentar que, para o jogador, seria mais interessante o Brasil cair fora da disputa das medalhas e fazer jogos mais fáceis, para conseguir um maior número de pontos.
O retrospecto de Oscar não o favorece diante dos australianos. Foi em uma partida contra eles que o ala brasileiro teve a menor pontuação numa Olimpíada, anotando apenas 14 pontos em confronto disputado em Los Angeles-84.
No outro duelo olímpico das duas seleções, em Barcelona-92, Oscar também não teve um bom desempenho. Fez 23 pontos, pouco menos que a média de pontos por partida que teve naquela Olimpíada: 24,7.

LEIA MAIS sobre Brasil x Austrália na pág. 4-7

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