São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 1996
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Brasil enfrenta Rússia sem Hilma

HUMBERTO SACCOMANDI
ENVIADO ESPECIAL A ATLANTA

Sem Hilma, que se contundiu anteontem e está fora dos Jogos Olímpicos, a seleção feminina de vôlei do Brasil enfrenta hoje a Rússia, às 17h, em Athens (EUA).
Caso vença a partida, a equipe praticamente assegura o primeiro lugar no Grupo B. O Brasil já venceu Cuba e Peru. Jogará ainda com Alemanha e Canadá, equipes teoricamente mais fracas.
Como líder do grupo, o time evita cruzar com a seleção dos EUA, uma das favoritas, antes da final.
A contusão de Hilma atrapalha os planos do técnico Bernardo Rezende, o Bernardinho.
O prejuízo para o time feminino pode ser comparado à perda de Carlão para a seleção masculina.
A atacante fraturou um osso do pé esquerdo. A contusão ocorreu no segundo set da partida contra Cuba, após uma cortada. Ela sentiu dor no pé, mas acabou jogando até o final.
Inicialmente, a comissão técnica brasileira acreditava tratar-se apenas de uma torção no tornozelo. Um exame radiológico apurado constatou a fratura.
Hilma vinha sendo a principal atacante da equipe. Contra Peru e Cuba, ela fez 17 pontos, ficando à frente de Márcia Fu e Ana Moser, que marcaram 16 pontos cada.
Na estatística geral da competição olímpica, Hilma figura como melhor bloqueadora e segunda melhor atacante. Tem ainda o terceiro melhor saque.
Justamente por essa versatilidade, ela vinha sendo importante nas variações de jogada, uma das principais características do Brasil.
Força
A Rússia, adversária de hoje, não atemoriza a equipe brasileira.
"É uma das poucas equipes que ainda atuam com duas jogadoras no passe. Se sacarmos bem, teremos vantagem", disse Fernanda.
Com duas jogadoras no passe, mais uma levantadora, a equipe russa fica com apenas três atacantes. Se o saque for bem feito em cima de uma dessas atacantes, sobram somente duas opções de ataque. Isso facilita a marcação.
"É o jogo força, simples, mas eficiente", disse Fernanda.
Bernardinho ressalta, porém, que as russas dispõem de duas atacantes muito fortes e de uma levantadora experiente. "É uma equipe fortíssima", disse ele.

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