São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 1996 |
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'Negociei por toda tarde'
MAURICIO STYCER
Fui malsucedido ao propor uma troca do pin do COB por um pin do Mali, um país africano. "Igual ao seu já vi vários. O meu, muito poucos", diz o espanhol Rosendo Gonzalez, que viajou de Barcelona a Atlanta para trocar pins. Ao final da negociação, Gonzalez aceita trocar o pin do COB por um do Comitê Olímpico do Quênia. McDonald's Também não consegui convencer o norte-americano John Moore a trocar um pin do COB por um pin comemorativo da candidatura (fracassada) de Berlim a abrigar os Jogos de 2000. "Meu pin vale US$ 50. O seu, uns US$ 5", disse Moore, me oferecendo em troca um pin do McDonald's. Com Ryan Shokett, um menino de 12 anos, a negociação foi um pouco mais fácil. Em troca do pin do COB pedi um comemorativo dos Jogos de Moscou, em 80. Não consegui, mas ele me deu um dos Jogos de Seul, em 88. "Tenho 2.000 pins. Coleciono desde que nasci", diz Shokett. Um colecionador experiente, como Brian Johnson, de Atlanta, primeiro avalia o seu pin e depois diz -sem alterar o tom de voz- que tem interesse no meu. Em seguida, faz a pergunta decisiva: "Qual você quer em troca?" Aponto para o pin do Comitê Olímpico da Jamaica. "É o único que não troco", diz Johnson, que depois aceita trocar o pin do COB por um da África do Sul. Uma frase muito repetida por colecionadores ao final de uma negociação é: "Parabéns, você fez um ótimo negócio". Ouvi essa ao trocar um pin do COB por um pin com a reprodução do selo que traz a imagem de Elvis Presley. Em questão de minutos constatei que o pin de Elvis Presley é mais popular do que o pin Atlanta-96. (MSy) Texto Anterior: Mania começou na Olimpíada de Atenas, em 1896 Índice |
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