São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Conheça as escolhas de Martin

DA REDAÇÃO

O etíope Gedewon é um artista-médico que realiza talismãs com desenhos depois de escutar os doentes. São desenhos talismânicos que remetem a conhecimentos muito antigos, parcialmente cristãos, do Velho Testamento.
Francine Nodimandie, da África do Sul, pertence ao grupo AmaNdebele. As mulheres desse grupo inventaram um estilo de pintar as próprias casas com símbolos proibidos durante o Apartheid.
Cyprien Tokoudagda, do Benin, já decorou dezenas de santuários vudus. "Ele inventou um estilo todo pessoal ao usar um tipo de sistema de luz e sombra que dá uma presença de volume forte e original", afirmou o curador Martin.
John Mawurndjul tem um estilo extremamente minucioso e preciso, que consiste em preencher a superfície de troncos com crocodilos, grandes animais e monstros. "Acredito que seja o melhor artista aborígine do momento", disse.
Peter Robinson, da Nova Zelândia, começou como um pintor tradicional maori, mas percebeu que essa pintura estava lhe dando certa acomodação. Então, voltou atrás e fez uma série que ele chamou 'percentage paintings', em que desconecta sua discussão artística de seu sangue maori.
Bruly Bouabré, da Costa do Marfim, faz desenhos com uma espécie de enciclopédia de tudo o que o cerca, sempre rodeados de frases em francês. "É uma maneira de ele se apropriar do mundo e de aproveitar tudo da cultura francesa em benefício da África", disse.

Texto Anterior: África e Oceania vêm à Bienal
Próximo Texto: Nova York vira capital da arte africana
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.