São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 1996
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Bornhausen se reúne hoje com Cabrera, que pode ser punido

Partido tenta evitar críticas ao governo FHC na campanha

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Executiva Nacional do PFL pode punir o presidente do diretório do partido em São Paulo, Antônio Cabrera, pela coligação com Celso Pitta, candidato à prefeitura paulistana pelo PPB.
O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, tem reunião hoje com Cabrera e com o vice-presidente do PFL em São Paulo, Gilberto Kassab. "Eles terão de se explicar", disse o deputo federal João Mellão (PFL-SP), que apóia abertamente o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra.
Segundo Geraldino dos Santos Silva, sindicalista da Força Sindical e da Executiva Nacional do PFL, que também apóia Serra, o diretório estadual vai passar por uma intervenção da Executiva Nacional pois Cabrera "deu todo o horário de TV do PFL para Pitta".
Bornhausen confirma a reunião com Cabrera, mas diz que a direção "só tomará a iniciativa se isso se tornar necessário."
O objetivo da reunião de hoje, segundo ele, é "impedir" qualquer ataque ao presidente Fernando Henrique Cardoso. "Nós o apoiamos. Temos, inclusive, um compromisso de reeleger o presidente, mantendo Marco Maciel como vice. Nada pode comprometer isso."
A direção nacional do PFL defendeu que a decisão de apoio a Pitta, tomada no final de maio, fosse adiada. "Queríamos que José Serra se apresentasse ao PFL", disse Bornhausen.
Mas foi voto vencido. Por 37 votos a 1 (de Mellão), o diretório estadual aprovou a coligação com Pitta. Cabrera, que era secretário da Agricultura de Mário Covas, teve de deixar o governo.

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