São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 1996 |
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Clarimundo será 1º ex-diretor do Nacional a depor na PF
FERNANDO PAULINO NETO
Depois de Marcos, na sexta-feira da semana que vem, será a vez de se apresentar na sede da PF na praça Mauá, centro do Rio, seu irmão Eduardo de Magalhães Pinto, que presidia o Conselho de Administração. Após os depoimentos, deve ser engrossada a lista dos indiciados pela PF. Até agora, há dois gerentes indiciados: Omar Bruno Corrêa e Nicolau Félix. Créditos fictícios A PF investiga a notícia-crime do Banco Central sobre supostas fraudes de créditos fictícios em 652 contas correntes no valor de cerca de R$ 5,3 bilhões. O rombo teria servido para maquiar os balanços do banco de 1986 em diante ou, segundo suspeitam a Procuradoria da República e PF, para descapitalizar o banco. Além dos dois Magalhães Pinto, também estão com depoimentos marcados o ex-vice-presidente de Controladoria Clarimundo Sant'Anna (terça-feira) e o ex-vice-presidente de Auditoria Nagib Antônio (na quarta). Na outra semana, devem depor na PF Fernando de Magalhães Pinto, membro do Conselho de Administração, e Arnoldo de Oliveira, vice-presidente que era o principal executivo do Nacional desde 1988. Com convicção de que houve fraude, a PF começa a delimitar as responsabilidades. Por isso, nos depoimentos, a PF tentará definir qual a real organização do Nacional, pois, pelas investigações, havia uma diretoria formal e outra que de fato decidia. A suspeita da polícia é que Clarimundo Sant'Anna operacionalizava as contas. Vai querer saber como ele consolidou os balanços por tanto tempo, sem perceber o rombo. Texto Anterior: Contas do governo apresentam déficit de R$ 2,1 bi em junho Próximo Texto: FHC quer tirar da Constituição regras da Previdência Social Índice |
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