São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 1996
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Estoque de grãos caiu pela metade na Conab

SHIRLEY EMERICK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em 1996, os estoques de grãos do governo caíram pela metade em relação à safra de 1995. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) controla atualmente 8,542 milhões de toneladas.
No ano passado, a Conab chegou a administrar quase 19 milhões de toneladas de grãos.
O chefe do Departamento de Análise Econômica da Conab, Ângelo Bressan, disse que essa queda não preocupa o governo. No ano passado, segundo ele, o governo foi forçado a comprar grande parte da produção nacional por causa do recorde da colheita -81,12 milhões de toneladas.
A intenção foi formar estoque para segurar os preços, porque uma queda acentuada prejudicaria os produtores e a renda do setor.
"Os estoques do governo servem para complementar o abastecimento. Dentro dessa ótica, não teremos de importar muito mais do que importamos normalmente", disse.
Segundo Bressan, o Brasil é um país tradicionalmente importador de grãos. Normalmente, as importações chegam a 1 milhão de toneladas de arroz em casca, 5,4 milhões de toneladas de trigo, 1,5 milhão de toneladas de milho e 380 mil toneladas de algodão.
Por causa da queda de 8,5% da colheita da safra deste ano em relação à do ano passado, o Brasil terá de importar um pouco mais do que a previsão anual.
A maior preocupação do governo é com o milho, principal produto da alimentação animal.
O estoque do governo é de 4,932 milhões de toneladas, suficientes para abastecer o mercado até a entrada da safra americana, em outubro.
Nessa época, o preço internacional deverá estar abaixo dos atuais R$ 15 por saca. No mercado interno varia hoje de R$ 8,50 a R$ 9.
Em relação aos outros produtos, como feijão e arroz, o estoque é suficiente, calcula Bressan.
(SE)

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