São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 1996 |
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Equilíbrio deve marcar 50 m livre
ANDRÉ FONTENELLE
O equilíbrio não se deve apenas ao grande número de candidatos a medalha, mas também à natureza da prova. Decidida em 22s, ela vira uma "loteria", segundo Alberto Klar, técnico da equipe brasileira. Há pelo menos uma dúzia de candidatos para apenas três medalhas (leia ranking nesta página). No ranking dos últimos 12 meses, a diferença entre o 1º e o 24º é de apenas 0s67. Os favoritos são os medalhistas de ouro e prata dos 100 m livre, o russo Alexander Popov e o norte-americano Gary Hall Jr., respectivamente. Scherer disputa a oitava série eliminatória, com Hall. Borges está na série seguinte, com Popov, atual campeão olímpico da prova. Os dois brasileiros consideram que, pelo que fez nas provas anteriores, Hall é favorito à vitória. O norte-americano impressionou a todos com o tempo de 21s87 nos primeiros 50 m, anteontem, no revezamento 4 x 100 m livre. "Depois da passagem dele no revezamento, o Gary Hall se torna um dos favoritos. Mas o Popov não vai deixar barato, não", disse Gustavo Borges. Nenhum dos dois nadadores brasileiros considera a prova de hoje sua especialidade. Borges, que já ganhou prata nos 200 m livre e bronze nos 100 m livre, nada sem grande responsabilidade. Scherer, por sua vez, ainda não conquistou medalha. Em uma prova curta como a de hoje, qualquer erro -como um ligeiro atraso na largada- pode arruinar as chances do nadador. Por isso, Gustavo Borges considera que o mais difícil é garantir vaga na final. "Para mim, isso é a primeira coisa. Depois, seja o que Deus quiser. Nos 50 m, tudo pode acontecer. No Mundial de Roma (em 94), eu não estava esperando nada e peguei um quarto lugar." "Estar entre os oito melhores será o caminho inicial para a loteria que será a final", disse o técnico Klar. Texto Anterior: Decisão dos juízes tira judoca brasileira da disputa Próximo Texto: 'Nadei pior que esperava' Índice |
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