São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 1996
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Austrália pára Oscar e derrota brasileiros

Ala não marcou nas prorrogações

EDGARD ALVES
DO ENVIADO A ATLANTA

Com uma má atuação do cestinha Oscar, a seleção brasileira de basquete masculino foi derrotada pela Austrália por 109 a 101, ontem, de forma dramática.
A derrota, após duas prorrogações, complica as chances de classificação do Brasil no Grupo B. Com duas derrotas em três jogos, o Brasil ainda enfrenta Iugoslávia (amanhã) e Coréia do Sul.
Se ficar com a quarta colocação, o que é provável, o Brasil deve enfrentar o "Dream Team 3" dos EUA nas quartas-de-final.
Na derrota para o Austrália, Oscar, muito marcado, decepcionou.
Ele -que fez só 24 pontos e precisa de mais 25 para romper a barreira dos mil em Olimpíadas- só atuou bem no primeiro tempo.
O Brasil chegou a abrir 15 pontos de diferença e terminou a primeira etapa vencendo por 46 a 41. Oscar marcou 19 pontos.
O Brasil iniciou bem o segundo tempo. Mas Oscar foi caindo de produção e o time, com ele.
O cestinha brasileiro acertou apenas 10 dos 27 arremessos (37%) durante a partida.
Assim, a Austrália não teve dificuldades para virar o placar na metade do segundo tempo. No tempo normal, o jogo acabou 82 a 82.
Na primeira prorrogação, o Brasil precisou contar com dois erros seguidos da Austrália em lances livres e com uma cesta de Minuci nos segundos finais para provocar um novo empate: 92 a 92.
Na segunda prorrogação, o armador australiano Shane Heal garantiu a vitória. Ele foi o cestinha (35 pontos) e não cometeu faltas.
Assim como na derrota para a Grécia, os brasileiros culparam a arbitragem pela derrota.
O técnico Ary Vidal disse que os juízes usaram critérios diferentes na marcação das faltas. Foram 30 faltas do Brasil e 17 da Austrália. Três brasileiros (Pipoka, Rato e Minuci) acabaram eliminados.
"Nunca passei um jogo de 50 minutos sem bater um lance livre. Não marcaram uma falta sequer em mim", reclamou Oscar, que marcou apenas cinco pontos nos últimos 30 minutos.
(EA)

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