São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 1996 |
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DJ eletriza estádio com música pop 'Show' antecipa as partidas MÁRIO MAGALHÃES; MARCELO DAMATO
Com clássicos do rock'n'roll, disco music, ritmos latinos, sucessos dos clubs e o "pop" em geral, milhares de pessoas dançam no Orange Bowl, em Miami (Estado da Flórida, sul dos EUA). O entusiasmo é tamanho que, às vezes, o futebol olímpico parece coadjuvante da música. É como se torcedores saíssem de casa para dançar e aproveitassem o tempo livre entre os hits para assistir à partida. A função de Jay Howarth, a loira californiana responsável pelo frenesi, é designada como "coordenadora musical" do estádio. "Na prática, eu sou a DJ (disc-jockey)", diz ela. Os alto-falantes tocam música nas duas horas que antecedem o jogo, no intervalo e nos 30 minutos seguintes à partida. A última música escolhida por Jay para antes do jogo é "Star Me Up", dos Rolling Stones. "Eu estou dizendo para o pessoal que é hora de começar, vamos lá." Auge O auge do entusiasmo do público ocorre no intervalo. Assim que as equipes saem de campo, a DJ põe um CD com "Twist And Shout" executada pelos Beatles. Nas arquibancadas, as pessoas dançam, muitas com passos de rock'n'roll das décadas de 50 e 60. Anteontem, dezenas de torcedores húngaros rivalizaram com brasileiros no desempenho como dançarinos. Depois do rock dos Beatles, o público ouve "YMCA", sucesso do Village People, um dos grupos de maior sucesso da febre da "disco music", nos anos 70, hoje cultuado pelos "clubbers" americanos. Quando "YMCA" é tocada, homens e mulheres fazem rodinhas para dançar no estádio, como se estivessem numa discoteca. No gramado, fotógrafos dançam. Na sala de imprensa, jornalistas americanos arriscam passos. Jay Howarth reserva a canção de maior apelo para o fim do jogo, "desde que o time da casa não tenha perdido". Novela Segundo a DJ, nenhuma música entusiasma mais do que "Macarena", cuja gravação em ritmo ultradançante por Carlos Oliva faz sucesso no mundo todo. No Brasil, tornou-se popular com a novela "Explode Coração". Anteontem, os brasileiros saíram do estádio dançando. Muitos, principalmente mulheres, fizeram a coreografia da "Macarena", com mãos cruzadas nos ombros e pulinhos para o lado. "A 'Macarena' não faz sucesso só com os latinos de Miami", conta Jay Howarth. "Em estádios e ginásios de Denver, Dallas e Los Angeles, ela sempre levanta o público." Jay trabalha num "aquário" à altura da arquibancada superior. Ela carrega dezenas de CDs, cuja execução é controlada por um microcomputador. Quando o jogo não está em andamento, a música só é interrompida quando locutores lêem comunicados à platéia. (MÁRIO MAGALHÃES e MARCELO DAMATO) Texto Anterior: Rogério prevê classificação Próximo Texto: Inspiração vem de clubes noturnos de Los Angeles Índice |
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