São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 1996
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Atentado em trem mata 67 no Sri Lanka

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Duas bombas em um trem em Colombo, a capital do Sri Lanka, mataram pelo menos 67 pessoas e deixaram 60 em estado grave.
O governo atribui o atentado, que ainda não foi reivindicado, a separatistas da minoria étnica tâmil do norte do país, uma ilha do oceano Índico. Várias pessoas foram presas como suspeitas.
Segundo o Ministério da Saúde, há mais de 450 feridos, com vários graus de gravidade. A explosão aconteceu na estação Dehiwala, em um subúrbio da capital.
As bombas estavam nos últimos três vagões de um trem lotado, ocupado principalmente por funcionários do governo que voltavam para casa.
Segundo testemunhas, o trem havia sido parado momentos antes, devido a uma ameaça de bomba. Policiais examinaram a composição, mas nada encontraram.
Quando o trem chegou à estação, por volta das 18h (9h30 em Brasília) aconteceu a explosão.
A rádio estatal disse que o Exército encontrou uma terceira bomba no trem, que foi desativada.
As explosões aconteceram um dia depois de os tâmeis comemorarem 13 anos da ação do governo contra a minoria em Colombo, que deixou mais de 2.000 mortos.
O ato de 1983 foi uma represália à morte de policiais. Foi após aquele massacre que surgiu a guerrilha Tigres da Libertação Tâmil Eelam.
Na semana passada, a guerrilha conseguiu uma de suas maiores vitórias ao invadir o quartel de Mullaitivu, isolado em um território tâmil no nordeste do país, e matar cerca de 1.200 soldados -toda a guarnição do quartel.
Apenas ontem o governo conseguiu retomar o controle do quartel, após sete dias de combate.
Uma força de 1.500 homens foi mandada para o quartel, mas, quando conseguiu entrar, encontrou apenas centenas de corpos.
Os oficiais disseram que estão agindo com muita cautela porque temem que os rebeldes tenham deixado armadilhas no local.
Houve um breve combate antes de o governo recuperar o poder sobre o quartel. Os rebeldes disseram que mais 28 soldados foram mortos na terça-feira.
Os "tigres tâmeis" admitiram, por meio de sua rádio, que perderam 241 guerrilheiros na operação.
O governo não confirmou suas baixas, mas disse que "centenas" de rebeldes morreram.

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