São Paulo, sexta-feira, 26 de julho de 1996 |
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Governo lança medidas para tentar evitar desflorestamento Madeireiras vão ser fiscalizadas pelo Ibama DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O governo lançou ontem um pacote de medidas para conter o desmatamento da região amazônica (que inclui os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).Uma das ações do presidente Fernando Henrique Cardoso foi suspender, por dois anos, a concessão de novas autorizações para a exploração do mogno e da virola na Amazônia. Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia, entre os anos de 1992 e 1994 foram desmatados na Amazônia 14,9 mil quilômetros quadrados de terra. A taxa anual de desflorestamento aumentou de 0,30% (em 1991) para 0,40% (em 1994) da região. O desflorestamento total da Amazônia chega a 470 mil quilômetros quadrados -11,8% da área total da região. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) vai verificar se as madeireiras que exploram o mogno estão cumprindo as normas legais. O órgão calcula que 60% dos 3.700 planos de empresas para a exploração de várias madeiras tenham irregularidades. Junto com as polícias Federal, Rodoviária e Florestal -e contando ainda com as Forças Armadas-, o Ibama planeja reprimir o desmatamento ilegal e o comércio clandestino de madeiras. Segundo o Ibama, apenas em 1995 foram comercializados ilegalmente no país -e para fora dele- cerca de 100 mil metros cúbicos de mogno. FHC também editou uma MP (medida provisória) que limita em 20% a área de floresta que pode ser cortada em propriedades rurais na Amazônia. Antes, o percentual era de 50%. A MP proíbe o desmatamento em propriedade com áreas que já estejam degradadas. Texto Anterior: Atriz Edith Siqueira morre aos 39 anos; Grupo propõe lombada eletrônica na Anchieta; Polícia acha corpo de ex-PM procurado; Acidente com 3 carros causa 6 mortes na BA Próximo Texto: Fiscalização usará satélite Índice |
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