São Paulo, sexta-feira, 26 de julho de 1996
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Febraban elogia as medidas do CMN

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), Maurício Schulman, gostou das medidas tomadas ontem pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
Sem possuir todos os detalhes das resoluções, Schulman comentou as medidas após reunir-se com seus pares (Lázaro de Mello Brandão, do Bradesco e Roberto Setubal, do Itaú) na Febraban.
A liberação da cobrança das tarifas bancárias, solicitada há anos pelos bancos, é boa, pois "o setor enfrenta acirrada competição e os clientes poderão escolher os bancos de acordo com a qualidade e o preço de seus serviços", afirmou o presidente da Febraban.
"A cobrança de tarifas vai ficar mais transparente. Os clientes saberão o quanto estarão pagando pelos serviços e poderão avaliar melhor os bancos onde têm conta", disse Schulman.
Segundo ele, os bancos tinham de embutir nas taxas dos empréstimos os custos dos serviços cuja cobrança não era permitida -caso do primeiro talão de cheques.
Caso decidam cobrar pelo primeiro talão, os bancos poderão, se quiserem, diminuir o "spread" nas taxas de juros, disse o presidente da Febraban.
"Spread" 'a diferença entre a taxa paga ao aplicador em CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) e aquela cobrada nos empréstimos.
"Não tenho a menor idéia se o custo dos empréstimos vai baixar. A decisão será de cada banco", disse Schulman.
Horários
Os novos horários das agências bancárias facilitarão a vida dos correntistas e dos próprios bancos, avaliou o executivo.
Os bancos poderão abrir suas dependências em qualquer horário durante cinco horas diárias no mínimo, desde que elas englobem o período das 12h às 15h (horário de Brasília).
Antes, os horários não coincidiam em regiões distantes, o que dificultava as transferências "on line" de recursos entre as agências. No Nordeste, por exemplo, como os bancos abrem mais cedo, os clientes eram obrigados a fazer as transferências em curto espaço de tempo durante o expediente.
A exigência de capital mínimo para manutenção de filial externa é positiva, pois só os bancos mais sólidos irão operar lá fora, disse Schulman.

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