São Paulo, sexta-feira, 26 de julho de 1996
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Olimpílulas-2

JUCA KFOURI

Só para não esquecer, das três medalhas ganhas pelo Brasil até agora nenhuma foi prevista pela revista norte-americana "Sports Illustrated".
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O lance dos dois passes de costas dados pela Magic Paula, e concluído por uma cesta sensacional da rainha Hortência na partida contra a Rússia, certamente ficará como um dos momentos mais empolgantes desta Olimpíada.
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Se Hortência jamais perde a majestade dentro da quadra, parece que até a forma física e técnica ela está recuperando. Um fenômeno.
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A organização da Copa do Mundo de 1994 foi vergonhosa, além de truculenta. Ficou a impressão de que os americanos consideravam que a Copa de futebol era um evento menor, de segunda classe, coisa de "xicanos". E de que estavam treinando para Atlanta.
Pois é. Treinaram tão mal que estão sendo gozados pelo mundo inteiro.
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Quer dizer que a CBF está gastando um dinheirão para trazer o ouro, e Zagallo confessa antes de cada jogo que não conhece os adversários?
Não dava para mandar alguém ao Japão, Hungria e Nigéria? Nem dava para comprar uns teipes desses times?
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A empáfia da direção está prejudicando a imagem de Bebeto e cia. Está passando uma impressão de novo-riquismo, típica, aliás, dos brasileiros em Miami.
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O basquete masculino faz um grande papel em Atlanta. Perdeu dois jogos por detalhes e, ao contrário do que aconteceu em Barcelona, jogou de igual para igual até agora com todo o mundo.
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A distância entre o "Dream Team 3" e os outros diminuiu. Já dá para encarar pelo menos no primeiro tempo, como mostraram Argentina e Lituânia.
Depois, complica. A força dos profissionais, o preparo físico que têm e o rodízio permanente que fazem sem perda de qualidade e rendimento, permitem contagens ainda fáceis.
Até porque estão acostumados a jogar 48 minutos por jogo -quando não há prorrogações.
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E não se pode esquecer de que este "Dream Team 3" é menos dos sonhos que o de quatro anos atrás. Falta, simplesmente, o melhor de todos os tempos, o fantástico Michael Jordan.
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Se o nosso basquete masculino faz um grande papel, o vôlei está fazendo um papelão.
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O feminino, em compensação, desfila competência, tranquilidade e beleza. Um show!

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