São Paulo, sexta-feira, 26 de julho de 1996 |
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Scherer conquista bronze e Popov vence 50 m livre Brasileiro ganha medalha em sua última prova na Olimpíada ANDRÉ FONTENELLE
Foi a terceira medalha do Brasil na natação. O tempo de Scherer, 22s29, é novo recorde sul-americano. O vencedor foi o russo Alexander Popov, com 22s13. A medalha de prata foi para o americano Gary Hall Jr., com 22s26. Gustavo Borges fez o 16º tempo nas eliminatórias e se classificou apenas para a final B, que reúne do 9º ao 16º colocados. "Vim para nadar os 100 m, os 200 m e o 4 x 100 m", justificou o medalhista de prata nos 200 m e de bronze nos 100 m. Scherer se classificou com dificuldade nas eliminatórias. Teve que passar por um polêmico desempate. O catarinense marcou 22s68 na sua série. Ficou em terceiro lugar, atrás do norte-americano Gary Hall Jr. (22s36) e do desconhecido sul-africano Brendon Dedekind (22s60). No total das nove séries, Scherer ficou com o sétimo tempo, empatado com o alemão Bengt Zikarsky e com o venezuelano Francisco Sánchez. Como há apenas oito vagas na final, foi necessária uma prova de desempate entre Zikarsky, Sánchez e Scherer, para decidir a sétima e a oitava vagas. A prova ocorreu uma hora e meia depois das eliminatórias. Enquanto Scherer se aquecia numa piscina anexa, o técnico Carlos Camargo passeava sob as arquibancadas, ar aturdido. O desempate foi tenso. Zikarsky "queimou" a primeira largada. Na nova largada, o alemão voltou a partir antes do sinal, mas, nesse caso, a prova não é interrompida. Zikarsky venceu o desempate, mas foi desclassificado. Scherer e Sánchez estavam na final. "O alemão estava nervoso, pedindo a raia quatro. Aí eu vi que ele estava perdido", disse Fernando Scherer. O brasileiro reclamou da juíza de largada, que deu o sinal antes que ele tocasse com os dedos o bloco de saída. Texto Anterior: Público médio supera o de Barcelona-92 Próximo Texto: Inexperiência prejudica Luiz Lima nos 1.500 m Índice |
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