São Paulo, domingo, 28 de julho de 1996 |
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Teens 'globalizam-se' em Londres
IGOR GIELOW
Na Central School é possível encontrar jovens de quase todas as partes do mundo e perceber que cada vez mais existem poucas diferenças entre eles. Garotos e garotas que chegam ao Reino Unido para estudar vindos do Japão, por exemplo, acabam encontrando amigos com gostos bem parecidos que nasceram e viveram toda a vida no Gabão. O estudo e a vontade de se inserir num mercado de trabalho cada vez mais globalizado acaba por aproximar esses jovens. "É meio complicado para meus pais me manterem aqui, mas vale a pena", diz Teba Treviño, 18. Ela veio de Bilbao (Espanha), onde acabou o colegial e se prepara para começar a estudar sociologia. Um de seus colegas de sala, o gabonês Elvis Ekekang, também prioriza o estudo. "Não adianta apenas ficar na boa, se divertindo. Embora tempo não falte para isso", diz Ekekang, que vai fazer 19 anos e joga basquete todos os dias. O pragmatismo é palavra corrente na boca dos adolescentes. "Ninguém estuda só para ficar mais esperto. Um inglês bom é essencial para os negócios", afirma o austríaco Peter Bürger, 18. Mas a diversão não fica em segundo plano. "Não dá para ficar sem sair, pelo menos uma noite por semana", afirma Akinori Kohyama, 18, do Japão. Em Londres, ele pintou o cabelo de alaranjado e garante estar se divertindo. "Aqui parece muito com minha cidade. Tem muitos pubs para ir e clubes para dançar." Michael Donoham, 16, de Belfast (Irlanda do Norte), comprova a tendência etílica do teen anos 90. Seu passatempo preferido é "tomar Guinness (cerveja escura forte) com a moçada". Apesar de bares e clubes serem campeões de preferência, há algumas variações. "Gosto de ir a jogos de basquete. Além de divertido, posso aprender jogadas novas", afirma o gabonês Ekekang. Ria Hatanaka, já quase uma "twenty-something", diz que sempre gostou de ir para o campo. "Ir com os amigos acampar é a melhor coisa do mundo. Sempre há alguma coisinha para beber." Além de dançar, o libanês Hatif al-Rarek, 15, gosta de passear com seu ciclomotor pelas áreas destruídas de Beirute. Texto Anterior: Férias viram aula de musculação Próximo Texto: Camila, 15, quer casar na igreja Índice |
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