São Paulo, domingo, 28 de julho de 1996
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Vacina antigripe ajuda a prolongar vida

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A vacinação em massa contra a gripe e a pneumonia é considerada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como forma barata e eficaz de prolongar e melhorar a qualidade de vida dos idosos.
Só nos Estados Unidos, 30 mil pessoas acima de 65 anos morrem a cada epidemia de gripe.
O Brasil, finalmente, está podendo entrar nesse círculo de vacina. Os vírus das gripes nacionais já estão fazendo parte das vacinas mundiais.
Desde o início do ano, oito centros brasileiros estão enviando análises para os laboratórios internacionais patrocinados pela OMS.
São hospitais e centros de estudos de São Paulo e várias capitais que formam o Grog, Grupo Regional de Observação da Gripe.
Outros 120 centros no mundo já fazem isso há anos. Desse coquetel de vírus cosmopolita, os pesquisadores selecionam as três cepas (partes) principais que farão parte da vacina.
"As vacinas acabam tendo cerca de 80% de efetividade no mundo todo", diz João Toniolo Neto, 37, chefe do Centro de Estudos do Envelhecimento da Universidade Federal de São Paulo.
Com o envio de informações anuais de vários países, vem sendo possível enfrentar a rápida mutação dos vírus da gripe, fato que reduzia muito a eficácia da vacina.
Hoje, os resultados são tão animadores que a OMS está recomendando a vacinação em massa de todos os idosos contra a gripe e a pneumonia.
A mutação bem mais lenta do vírus da pneumonia permite que uma única dose imunize o paciente por seis anos.
No Brasil, essas vacinas não estão disponíveis na rede pública. A dose de cada uma delas custa cerca de R$ 40,00 e pode ser tomada em clínicas privadas.

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